Sem boa atuação e, desta vez, também sem resultado. Depois
de 16 anos e 10 jogos, o Brasil perdeu uma partida diante do Paraguai, e Dorival
Júnior conheceu a primeira derrota no cargo. No Defensores del Chaco, em
Assunção, derrota por 1 a 0, na oitava rodada das Eliminatórias. Igualada em
pontos com a Venezuela, a Seleção Brasileira está em quinto lugar, com 10,
atrás de Argentina, Colômbia, Uruguai e Equador.
Dorival Júnior escalou
Endrick como titular, e Luiz Henrique ficou no banco após ter começado entre os
11 iniciais diante do Equador. Com Vinicius Junior e Rodrygo, o ataque
brasileiro teve três jogadores do Real Madrid.
O Brasil voltou a se deparar com uma equipe recuada,
compacta e que se contentava apenas em contragolpear. As dificuldades
também se repetiram: pouco espaço para finalizar, falta de criatividade e
atacantes com quase nenhuma participação efetiva.
A diferença para o confronto
contra os equatorianos foi que o Brasil não saiu na frente. O Paraguai
abriu o placar aos 19 minutos, em um dos raros momentos que conseguiu trocar
passes no campo brasileiro. Ao aproveitar rebote de cruzamento, Diego
Gómez driblou Bruno Guimarães na entrada da área e bateu forte. A bola ainda
tocou na trave de Alisson antes de entrar. Foi o segundo gol do Paraguai em
oito jogos pelas Eliminatórias.
A Seleção Brasileira respondeu aos 24, com a investida mais
perigosa até então. Viniciu Junior passou pelo marcador e tocou para trás. A
bola sobrou para Guilherme Arana. Junior Alonso salvou, em cima da linha,
o que seria o empate.
No duelo de estratégias, a
retranca adversária passou a levar cada vez mais vantagem. Isidro Pitta poderia
ter assustado Alisson aos 29, mas tentou dar “de letra” em cruzamento vindo da
direita. Nada feito.
Gustavo Alfaro precisou
queimar a primeira substituição na etapa inicial. Alderete sentiu dores depois
de disputa de bola com Endrick e deu lugar a Velázquez.
Eficiência. O Paraguai teve, o
Brasil, não. A Seleção de Dorival caiu na armadilha paraguaia.
Tentativa de reação
As alterações de Dorival no intervalo não demoraram a dar as caras. Com pouco
mais de um minuto, João Pedro fez o papel de pivô de
descobriu Rodrygo, que bateu sem direção certa de fora da área.
Foi também João Pedro que cabeceou o cruzamento de Luiz Henrique. A
finalização saiu por cima da meta, mas o lance mostrou a fome de bola de quem tinha
acabado de entrar na partida.
Por volta dos 15 minutos, o ímpeto inicial arrefeceu, e a Seleção
Brasileira ouviu o público dos Defensores del Chaco cantar
“olé”.
Mais na força do que no jeito, Vinicius Junior conseguiu
chutar, mas nas
mãos do goleiro, na terceira finalização brasileira no segundo tempo, aos 25.
Logo em seguida, em cobrança de escanteio, João Pedro tentou de cabeça
novamente, mas a defesa afastou. Vini ameaçou também da intermediária. Gatito
defendeu a bomba.
O Brasil atacava no “upa”. Luiz Henrique roubou bola pela direita,
driblou e cruzou rasteiro para João Pedro. O goleiro caiu antes
para interceptar.
"Tentativa”. Foi a palavra do Brasil na etapa final. Mas não passou
disso. “Olé” foi a expressão dos torcedores paraguaios,
que encerraram com festa a triste noite da amarelinha.