O governo do Estado estima encerrar o ano de 2025 com
déficit de R$ 2,8 bilhões nas contas públicas. A previsão consta na Lei
Orçamentária Anual (LOA), entregue pelo governador Eduardo Leite ao
presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adolfo Brito, na manhã desta
quinta-feira (12).
O déficit apresentado para
2025 mantém equilíbrio na comparação com a previsão do exercício atual,
que teve rombo estimado em R$ 2,7 bilhões. Em relação à receita total para
2025, a peça calcula que R$ 83,8 bilhões devem entrar nos cofres gaúchos durante
o próximo ano. O total de despesas é de R$ 86,6 bilhões.
— Essa previsão de déficit
demonstra que as demandas que temos são muito maiores do que a nossa
capacidade de suportar, mas o governo tem feito esforço para que o déficit se
transforme em equilíbrio — disse Leite.
A LOA apresenta um prejuízo R$ 2,5 bilhões maior quando
comparado com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que estimou R$ 362
milhões em déficit para 2025. A diferença ocorre porque a LDO foi enviada pelo
Piratini ao Legislativo em 15 de maio, sem considerar receitas e
despesas extras com a reconstrução do Rio Grande do Sul após a enchente de
maio.
Em relação à calamidade, Leite
considera o Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs) como a principal fonte de
recursos para a reconstrução. A conta está prevista no orçamento, calculado
em R$ 4,2 bilhões. É neste fundo que serão depositadas as parcelas da dívida do
Estado com a União pelos próximos três anos.
Apesar de ter entregue uma
versão impressa em papel, o governador também levou uma edição digital da LOA,
em um pen drive personalizado, para o presidente da Assembleia.
Leite estava acompanhado do
vice-governador, Gabriel Souza, e dos secretários Artur Lemos (Casa Civil),
Danielle Calazans (Planejamento) e Ronaldo Santini (Turismo). Também
participaram do ato a vice-presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora
Lusmary Fátima Turelly da Silva, o procurador-geral do Estado, Eduardo Cunha da
Costa, além dos deputados Frederico Antunes (PP) e Guilherme Pasin (PP).
A proposta da lei orçamentária será encaminhada à Comissão de Finanças da Assembleia, onde poderá receber emendas de deputados e da população. Os deputados precisam aprovar o texto até o dia 30 de novembro.