As sessões plenárias do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
que julgam a possível inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro serão na
quinta-feira (22).
A Ação Judicial de Investigação Eleitoral (Aije) trata da
reunião organizada por Bolsonaro no Palácio da Alvorada com embaixadores e
equipes diplomáticas, em que ele apresentou acusações sem provas contra o
sistema eleitoral (urnas eletrônicas).
O PDT, partido que pede que o ex-presidente seja considerado
inelegível, alega que o ex-presidente cometeu abuso de poder político e
econômico ao promover o encontro e atacar o processo eleitoral brasileiro com
boatos já desmentidos anteriormente pela Justiça Eleitoral, isso quando já se
apresentava como pré-candidato à reeleição.
Entenda
A reunião investigada pelo TSE foi realizada em julho de
2022, quando Bolsonaro já era pré-candidato à reeleição. Sua defesa alega não
ter ocorrido nenhuma irregularidade, e que o encontro se tratou de evento
oficial da Presidência da República, que seguiu todos os trâmites formais para
sua realização.
Os advogados de Bolsonaro alegaram que ele apenas realizou
um “diálogo aberto”, no qual “expôs, às
claras, sem rodeios, em linguagem simples, fácil e acessível, em rede pública,
quais seriam suas dúvidas e os pontos que – ao seu sentir – teriam potencial de
comprometer a lisura do processo eleitoral”.
Já o Ministério Público Eleitoral (MPE) defendeu que
Bolsonaro deve se tornar inelegível, em razão de ter praticado o abuso de poder
político e uso indevido de meio de comunicação estatal. Isso porque a reunião
com embaixadores foi transmitida e divulgada pela Empresa Brasil de Comunicação
(EBC).
Informações: EBC/ Agência Brasil