O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
(Sebrae) anunciou nesta quinta-feira, durante a 47ª Expointer, a destinação de
R$ 1 bilhão em crédito facilitado para apoiar as micro e pequenas empresas
gaúchas. O valor, que terá o próprio governo federal como avalista, está
disponível para todos os negócios que se enquadrarem nos requisitos,
independente de terem sido atingidos pelas enchentes.
O anúncio foi realizado pelo presidente do
Sebrae nacional, Décio Lima, e pelo ministro da Secretaria Extraordinário da
Reconstrução do RS, Paulo Pimenta, no Pavilhão Internacional do Parque de
Exposições Assis Brasil, em Esteio.
Confirme Lima, a carteira de crédito disponibilizada,
possui o mesmo valor do que foi destinado para o Brasil inteiro no ano passado.
“Entre os micro e pequenos empreendedores estão a agricultura familiar e os
pequenos negócios, que hoje protagonizam o agro. Portanto, ela é uma carteira
expressiva e, além da sua expressividade, tem um fundo garantidor. Isto
significa que as pessoas que buscarem o crédito não precisam levar avalista e
não precisam dar garantias. Nós vamos seremos os seus avalistas e
garantidores”, explicou.
Além disso, segundo o presidente do Sebrae, as
empresas que buscarem o crédito terão uma carteira diferenciada, com juros
baixos e uma visão social, sem a preocupação do retorno e da consolidação do
pagamento do crédito. “É praticamente um crédito subsidiário”, acrescentou.
O ministro Pimenta disse estar grato ao
presidente do Sebrae pelo trabalho e pelo valor destinado ao RS. “Um bilhão de
reais vai nos permitir, com o fundo garantidor, atender a uma demanda grande
que, que são aqueles pequenos estabelecimentos que não conseguem acessar a
linha de crédito tradicional dos bancos, muitas vezes por alguma restrição, mas
também por falta de garantia. Por isso que eu sou muito grato”, afirmou.
Durante a cerimônia de anúncio, também foi realizada a
assinatura dos dois primeiros contratos de crédito disponibilizados pelo
Sebrae. Os recursos serão acessados pelas empreendedoras Letícia Pimentel da
Silva, de Esteio, e Juliana Berenice da Costa, de Campo Bom.
Conforme Letícia, que possui uma pequena
indústria de embalagens e foi atingida pela enchente, foi a primeira a ter o
contrato assinado. “É muito importante para as pequenas empresas que foram
atingidas pelas enchentes. Agora a gente está tendo a oportunidade de pegar um
valor de financiamento e o Sebrae está indo como aval. Isso vai ser muito
importante para voltar a colocar nossa empresa a funcionar”, disse.
Já Juliana, que é proprietária
de uma empresa de lingeries, vê no crédito uma possibilidade de fazer seu
negócio crescer. “Eu vi que preciso entrar para o e-commerce e, com esse valor,
vejo que é um novo momento e que eu vou poder ingressar nas vendas online.
Depois da pandemia, de todas as mudanças, não basta só ter uma loja
maravilhosa, tem que estar na internet e o meu investimento vai ser para isso”,
conclui.