A economia do Brasil voltou a pegar tração no fim da
primeira metade do ano. O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,4% no
segundo trimestre de 2024 ante o acumulado dos três meses anteriores. Os
dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) na manhã desta terça-feira (3).
O resultado do segundo
trimestre foi puxado por altas nos Serviços (1,0%) e na Indústria
(1,8%). A Agropecuária recuou 2,3% no período.
O resultado vem acima das estimativas de mercado, que
projetavam avanço de 0,9% a 1%, e é o maior desde o quarto trimestre de 2020,
quando ficou em 3,7%.
A coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, afirma que
"com o fim do protagonismo da Agropecuária, a Indústria se destacou nesse
trimestre, em especial na eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão
de resíduos e na construção".
O PIB representa a soma dos bens e serviços produzidos no país.
Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, o PIB cresceu 3,3%
e foi acompanhado, mais uma vez, pelos serviços e pela indústria , enquanto a
agropecuária apresentou recuo de 2,9%.
No cumulado nos quatro trimestres fechados em junho de 2024, o PIB
cresceu 2,5% ante os quatro trimestres imediatamente anteriores.
Demanda
Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 2,9 trilhões no segundo
trimestre de 2024 — R$ 2,5 trilhões em valor adicionado a preços básicos e R$
387,6 bilhões em impostos sobre produtos líquidos de subsídios.
Pela ótica da demanda, a formação bruta de capital fixo subiu 2,1%. Esse
componente aponta o quanto as empresas aplicaram em bens para a produção,
sinalizando mobilização dos setores para investir ou não. Os indicadores de
consumo das famílias e do governo apresentaram o mesmo percentual de avanço,
com altas de 1,3%. No entendimento do IBGE, condições do mercado de trabalho,
juros mais baixos e crédito disponível estão entre os principais fatores que
incentivaram esse resultado.
Já no setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 1,4%,
enquanto as importações subiram 7,6% em relação ao primeiro trimestre de 2024.