Publicado em 04/09/2024 às 09:43

Pátria

Pátria: país (terra, lugar, torrão natal) em que se nasce e ao qual se pertence como cidadão, esse é um dos conceitos de pátria, encontrado no dicionário, porém, o sentido pode ser mais amplo e profundo, porque considerando a vontade de alguém, nascido um país e, por razões próprias ou alheias a sua vontade, passa a residir em outro território outra pátria, nele cria raízes e por ele se encanta, nada impede que possa adota-lo por sua pátria, logo, algo pessoalíssimo.

Nossa Pátria Brasil, rica em todos os sentidos, inclusive, no que tange ao povo mesclado, literalmente miscigenado, que nela vive, o qual, praticamente, formou uma nação sui generis, dotada de grande inteligência (há quem discorde!), e incontestavelmente bela, refletida nas águas, na geografia multifacetária - na fauna e flora exuberantes, navegando e formando deleites, aos olhares insaciáveis, pudera, magnífico diante do brilhantismo d’uma gota de sereno, balançando e escorregando nos alambrados.

Brasil, de tantos brasis, pátria acolhedora desde os primórdios, quando os nativos das civilizações contemporâneas, permitiram o aportar de naus em solo brasileiro, antes mesmo deste batismo (Brasil), porém, civilizações sucedâneas de outras gentes, acolhimento que resultou na transformação geo-civilizatória e da arquitetura reinante, em perfis urbanizatórios, moldando um estilo desconhecido dos nativos, contudo, de amplo domínio dos deportados e dos imigrantes livres e forçados europeus, africanos e asiáticos.

O território vasto, com extensões continentinas, abraçava uma população incontada e incerta, por total impossibilidade de contagem, mas existente, tão incerta ao ponto de dizer-se da existência entre dois e cinco milhões de pessoas, nos idos de 1500, contrasta com os duzentos e quinze milhões de viventes, dentre os quais, milhares sub-vivem, outros, perdidos na desgraça dos males que assolam o mundo, enquanto um percentual acentuado dos cidadãos, sente o arrocho da desvalorização dos ganhos de aposentadoria, graças aos governantes e legisladores do País e dos estados.

A nação brasileira, experimenta uma divisão extrema, quer por interesses políticos e/ou divisão das receitas dos cofres públicos, estamos alienados, quando não, doentios, uns denominam os outros de rebanho, esses, mencionam àqueles de massa de manobra, logo, somos dominados pelos interesses alheios, sem perceber, na realidade, ainda hoje, fazem sentido, alguns versos de Ramiro Barcellos, no poemeto de Antônio Chimango: o povo vem lamber sal, no rodeio!

 



Compartilhe essa notícia: