Pátria:
país (terra, lugar, torrão natal) em que se nasce e ao qual se pertence como
cidadão, esse é um dos conceitos de pátria, encontrado no dicionário, porém, o
sentido pode ser mais amplo e profundo, porque considerando a vontade de
alguém, nascido um país e, por razões próprias ou alheias a sua vontade, passa
a residir em outro território outra pátria, nele cria raízes e por ele se
encanta, nada impede que possa adota-lo por sua pátria, logo, algo
pessoalíssimo.
Nossa
Pátria Brasil, rica em todos os sentidos, inclusive, no que tange ao povo
mesclado, literalmente miscigenado, que nela vive, o qual, praticamente, formou
uma nação sui generis, dotada de grande inteligência (há quem
discorde!), e incontestavelmente bela, refletida nas águas, na geografia
multifacetária - na fauna e flora exuberantes, navegando e formando deleites,
aos olhares insaciáveis, pudera, magnífico diante do brilhantismo d’uma gota de
sereno, balançando e escorregando nos alambrados.
Brasil,
de tantos brasis, pátria acolhedora desde os primórdios, quando os nativos das
civilizações contemporâneas, permitiram o aportar de naus em solo brasileiro,
antes mesmo deste batismo (Brasil), porém, civilizações sucedâneas de outras
gentes, acolhimento que resultou na transformação geo-civilizatória e da arquitetura
reinante, em perfis urbanizatórios, moldando um estilo desconhecido dos
nativos, contudo, de amplo domínio dos deportados e dos imigrantes livres e
forçados europeus, africanos e asiáticos.
O
território vasto, com extensões continentinas, abraçava uma população incontada
e incerta, por total impossibilidade de contagem, mas existente, tão incerta ao
ponto de dizer-se da existência entre dois e cinco milhões de pessoas, nos idos
de 1500, contrasta com os duzentos e quinze milhões de viventes, dentre os
quais, milhares sub-vivem, outros, perdidos na desgraça dos males que assolam o
mundo, enquanto um percentual acentuado dos cidadãos, sente o arrocho da
desvalorização dos ganhos de aposentadoria, graças aos governantes e legisladores
do País e dos estados.
A
nação brasileira, experimenta uma divisão extrema, quer por interesses
políticos e/ou divisão das receitas dos cofres públicos, estamos alienados, quando
não, doentios, uns denominam os outros de rebanho, esses, mencionam àqueles de
massa de manobra, logo, somos dominados pelos interesses alheios, sem perceber,
na realidade, ainda hoje, fazem sentido, alguns versos de Ramiro Barcellos, no
poemeto de Antônio Chimango: o povo vem lamber sal, no rodeio!
Opinião