Publicado em 25/09/2024 às 14:53

Tempo de pensar

Reler velhos conceitos faz rios de risos, nas cantinas da indiferença, mergulhandoem sono doído, destas noites insones, perdidas, por maldormidas, em face dos contraditos conceituais, dos “dramaturgos” conceituadores, sempre apostos a predizer as suas verdades sobre os fatos, inserindo nos seus contextos os próprios anseios e predileções, arqueando o universo, com pinturas seduzentes, não raras vezes, a própria inquietude, quadros envolventes, olhos desejosos, que a simetria não avista!

Nos dias atuais, as criaturas iludidas e os ilusionistas eternos, perpassam os caminhos em passadas largas, talvez, ávidos por girassóis e no abreviado do tempo, irradiam sorrisos enormes, contagiantes, sobrepostos aos normais, antes, irradiados comedida eeconomicamente e, no ínterim das horas, exercitam movimentos desmedidos, falácias lustrosas, soluções homéricas, viabilidades e soluções imediatas e duradouras, problemas “eternos” transformados em indústria fértil.

 Relidos os conceitos, os risos explodem em gargalhadas, até as garças se mostram espantadas, enquanto a cena do teatro toma nova forma e visual, o dia continua com luz solar, mas a noite continuará com o charme das estrelas e o encanto magnífico da lua e, ela e as estrelas, a banhar-se, quer nas noites romanceiras ou em plena invernia, navegando no balanço das aguadas, mas ao borralho, a cambona soluça recostada e a rudeza das circunstâncias, aflige em dramaturgia!

Na angústia de solucionar as queimadas nas matas, onde o apagar da chama se impõe, o beija-flor, extrai água da bananeira, vê folhas secas desta, sentencia – também tornarás cinza - e, extenuado, põe a pensar no passado, aos olhos da razão, avista nas labaredas do tempo e, as gotas de sereno, em inquietude nostálgica, tentando debelar o fogo, algoz de todo o sempre, num ritual místico, impingindo agruras, o beija-beija, faz o voo derradeiro, lança mais um gota de esperança, magicamente, as labaredas sucumbem, nuvens abrem suas torneiras, a mata reverdeja, as espécies remanescentes curam feridas, todavia, uma névoa intransponível, separa os homens!!



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