Reler velhos conceitos
faz rios de risos, nas cantinas da indiferença, mergulhandoem sono doído,
destas noites insones, perdidas, por maldormidas, em face dos contraditos
conceituais, dos “dramaturgos” conceituadores, sempre apostos a predizer as
suas verdades sobre os fatos, inserindo nos seus contextos os próprios anseios
e predileções, arqueando o universo, com pinturas seduzentes, não raras vezes, a
própria inquietude, quadros envolventes, olhos desejosos, que a simetria não
avista!
Nos dias atuais, as
criaturas iludidas e os ilusionistas eternos, perpassam os caminhos em passadas
largas, talvez, ávidos por girassóis e no abreviado do tempo, irradiam sorrisos
enormes, contagiantes, sobrepostos aos normais, antes, irradiados comedida
eeconomicamente e, no ínterim das horas, exercitam movimentos desmedidos,
falácias lustrosas, soluções homéricas, viabilidades e soluções imediatas e
duradouras, problemas “eternos” transformados em indústria fértil.
Relidos os conceitos, os risos explodem em
gargalhadas, até as garças se mostram espantadas, enquanto a cena do teatro
toma nova forma e visual, o dia continua com luz solar, mas a noite continuará
com o charme das estrelas e o encanto magnífico da lua e, ela e as estrelas, a
banhar-se, quer nas noites romanceiras ou em plena invernia, navegando no
balanço das aguadas, mas ao borralho, a cambona soluça recostada e a rudeza das
circunstâncias, aflige em dramaturgia!
Na angústia de
solucionar as queimadas nas matas, onde o apagar da chama se impõe, o
beija-flor, extrai água da bananeira, vê folhas secas desta, sentencia – também
tornarás cinza - e, extenuado, põe a pensar no passado, aos olhos da razão,
avista nas labaredas do tempo e, as gotas de sereno, em inquietude nostálgica,
tentando debelar o fogo, algoz de todo o sempre, num ritual místico, impingindo
agruras, o beija-beija, faz o voo derradeiro, lança mais um gota de esperança,
magicamente, as labaredas sucumbem, nuvens abrem suas torneiras, a mata
reverdeja, as espécies remanescentes curam feridas, todavia, uma névoa
intransponível, separa os homens!!
Opinião