O pleito eleitoral, para além da
celebração em torno da democracia, exige reflexão acerca do povo enquanto
possuidor deste poder tão especial inerente à cidadania.
O voto é a ferramenta mais
poderosa que os cidadãos têm para expressar suas opiniões e influenciar na
distribuição do poder político. As eleições municipais, em particular,
representam uma oportunidade para moldar a vida comunitária.
No curso do processo
civilizatório, o voto representa uma conquista relacionada ao direito de
participação ativa na construção de uma sociedade mais justa.
O voto é um ato que expressa a
vontade soberana do povo, sendo um elemento essencial da teoria democrática.
Autores como Locke e Rousseau defenderam que a legitimidade do governo se
origina do consentimento dos governados.
No Brasil, a trajetória do
sufrágio universal, depois de longos períodos de exclusão, evidencia o valor do
voto como um direito do cidadão, e as eleições municipais são a base dessa
construção democrática, pois escolhemos representantes de carne e osso,
políticos que estão ao alcance das nossas retinas.
As eleições municipais têm um
impacto direto na vida dos cidadãos. Um bom prefeito ou vereador pode
transformar a realidade local, promovendo melhorias significativas na qualidade
de vida, enquanto um administrador público fanfarrão e despreparado pode levar
ao retrocesso social.
Também podemos dizer que o voto
nas eleições locais torna os eleitores protagonistas do seu próprio destino,
por isso o seu exercício exige responsabilidade política, outorga-se um mandato
de quatro anos para alguém tutelar o bem comum.
Os candidatos eleitos,
sublinhe-se, terão a tarefa política de acolher o povo e administrar a cidade
em favor do interesse público, respeitando a singularidade de cada cidadão.
Como é possível perceber, o voto
depositado na urna tem o poder de escrever as linhas do amanhecer. Portanto, o
voto consciente não se trata de simples retórica, diz, sim, sobre o quanto cada
um de nós pode contribuir para a construção do espaço público.
Votar é, então, ter o poder de
escrever a história.