Publicado em 05/09/2024 às 15:32

Operação Irmandade cumpre mandados em Santo Ângelo e outras cidades do RS, SC e PR

Operação Irmandade cumpre mandados em Santo Ângelo e outras cidades do RS, SC e PR

A Polícia Civil, por intermédio da Delegacia de Repressão a Lavagem de Dinheiro do Denarc, coordenada pelo Delegado Adriano Nonnenmacher, deflagrou, ontem, dia 04 de setembro de 2024, a Operação Irmandade, fase IV. Foram cumpridas 41 medidas cautelares dentre prisões preventivas, mandados de busca e indisponibilidade de contas bancárias/ativos financeiros.

Três indivíduos foram presos, dois preventivamente, em Alvorada e Caxias do Sul, lideranças financeiras e logísticas desta célula da organização, bem como indivíduo com armas e Ijuí/RS. Documentos, armas de fogo e mídias foram apreendidos.

80 Policiais participaram nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina/SC e Paraná/PR, com apoio do Departamento de Polícia do Interior, através de suas DRACOS/DPs locais, bem como Denarc/PR, DEIC/SC e Polícia Penal gaúcha. As cidades/regiões abrangidas são Porto Alegre, Esteio, São Leopoldo, Alvorada, Charqueadas, Imbé, Caxias do Sul, Bagé, Ijuí, Santo Ângelo, Erechim, Viadutos, Dois Lajeados, Palhoça/SC e Cascavel/PR.

Operação Irmandade, fase IV

Nesta quarta fase, um novo escalão de operadores financeiros, no âmbito da Operação Irmandade, movimentou no sistema financeiro a quantia de mais de seis milhões de reais – R$ 6.841.035,38, utilizando de várias tipologias de burlas ao controle administrativo, dentre estruturação, pulverização, smurfings.

Nesta fase, um casal de Porto Alegre/Alvorada, diretamente ligado às lideranças, ele objeto de prisão preventiva, seriam os responsáveis por receber e gerenciar valores milionários, de várias regiões do interior do Estado gaúcho, Santa Catarina e Paraná, como forma de pagamentos pela distribuição de entorpecentes, tentando mascarar tais valores mediante informações falsas às instituições bancárias.

O modus operandi, nas quatro fases, além de dissimulações no sistema financeiro, eram ocultação de bens imóveis, veículos de luxo em nome de laranjas, retirada de ativos apreendidos em Delegacias mediante fraude, cadeia de procurações dissimuladas, contratos ideologicamente falsos, dentre outras condutas sofisticadas de lavagem de capitais.

Nas fases 1 a 3 da Operação, entre maio de 2021 a fevereiro de 2024, oportunidade que se estendeu em cinco estados (RS, SC, PR, BA, PA), foram indiciados 47 pessoas, e presos preventivamente os líderes e gerentes, considerados de alto escalão do crime organizado gaúcho.

Os integrantes são membros de organização criminosa sediada no vale dos Sinos e Porto Alegre, associados a uma organização criminosa de âmbito nacional. Um dos gerentes financeiro e logístico, foragido desde a fase 1, indivíduo de São Leopoldo/RS, foi capturado em 2023 na Cidade de Fortaleza/CE, decorrente de prisão desta Operação, pela 2ª DIN DENARC.

Na fase 3, em dezembro de 2023, foi alvo de mandado de busca, na Cidade de São Leopoldo, Bairro Vicentina (não encontrado em sua residência à época), assaltante a banco que integrava perigosa quadrilha do início dos anos 2000.

Outro alvo da operação desta quarta, é um morador da serra, quee também já foi indiciado por envolvimento em roubos a bancos, sendo que tais fatos demonstram uma estreita ligação entre estas células das fases III e IV, com narcotraficantes.

Também foi cumprida prisão preventiva de grande operador financeiro e logístico em Caxias do Sul, recentemente preso em flagrante com drogas e armas pela DRACO Caxias do Sul.

Outro alvo de mandado de busca e bloqueio de contas bancárias, é um indivíduo paranaense, com condenação por tráfico interestadual de Drogas, entre os Estados do RS e MG, suspeito de transacionar ativos em ocultação, com os gerentes da célula gaúcha.

Nas quatro fases da Operação, foram implementados e cumpridos mais de 450 medidas cautelares investigativas e de restrição, dentre afastamentos de sigilos bancários, fiscais, financeiros (por duas vezes), telemáticos, mandados de busca, prisões preventivas, sequestro/indisponibilidade de bens móveis e imóveis no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, em cerca de R$ 10.5 milhões de reais.

O total movimentado pelos alvos nas quatro fases, no sistema financeiro, ultrapassa a R$ 30 milhões de reais.


Fonte: Polícia Civil

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