Os seis candidatos à
prefeitura de São Paulo mais bem colocados nas pesquisas participaram
de debate,
nesta terça-feira (17), promovido pela Rede TV! em
parceria com o portal UOL. Estiveram presentes Guilherme Boulos (PSOL), José
Luiz Datena (PSDB), Marina Helena (Novo), Pablo
Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB).
O debate — o primeiro após
a cadeirada dada por Datena em Marçal, no domingo (15) — foi marcado por
troca de acusações entre os candidatos, gritaria, inúmeros pedidos de direito
de resposta e, por outro lado, poucas propostas para o futuro da capital
paulista.
Confira alguns dos principais momentos
do debate:
Nunes x Marçal
Já na segunda pergunta do
debate, Nunes e Marçal protagonizaram uma forte discussão, com ambos
elevando o tom e trocando gritos. A mediadora, Amanda Klein, precisou intervir
e advertir os dois.
Marçal, que iniciou a rodada,
definida por sorteio, não fez perguntas e se negou a chamar o atual prefeito
pelo nome. Durante seu tempo, o ex-coach aproveitou para atacar Datena,
chamando-o de "orangotango" em referência à agressão sofrida no
último debate.
O atual prefeito, por sua vez,
expressou "decepção" com a participação de Marçal na campanha
eleitoral e, em resposta, Marçal afirmou que só haveria um debate de alto nível
se Nunes admitisse ter agredido a esposa. Datena solicitou e recebeu direito de
resposta. Declarou que "não repetirá a agressão" e expressou
arrependimento pelo ocorrido.
Ricardo Nunes também teve direito
de resposta concedido, assim como Marçal. Nesse momento, ambos levantaram a
voz, levando a apresentadora a aumentar o tom para tentar acalmar os ânimos.
Marçal pede desculpa a Tabata
O candidato do PRTB pediu
perdão à deputada federal Tabata Amaral. Em julho, ele havia responsabilizado a
família de Tabata pelo suicídio do pai dela, em 2012, quando a candidata tinha
18 anos.
— Aqui ninguém reconhece nada.
Eu reconheço. Eu realmente fui injusto com a Tabata. Eu acho que passei do
limite — disse Marçal.
Datena fala sobre agressão
Ainda no primeiro bloco,
Datena comentou a cadeirada que deu em Marçal durante o debate realizado
no domingo pela TV Cultura.
— Pode me provocar do jeito
que você quiser. Eu não vou partir para a agressão com você porque eu não
bato em covarde duas vezes — disparou contra o influenciador. — Eu me
arrependo desse ato, mas muitos juristas já consideraram como legítima defesa
da honra — disse.
Boulos critica Nunes
O candidato do PSOL criticou o
atual prefeito, mencionando episódio anterior de desentendimento com Marçal, e afirmou
que Nunes demonstra desequilíbrio.
Nunes iniciou a rodada direcionando a Boulos pergunta sobre
um projeto de lei de segurança pública que, segundo ele, "beneficiaria
traficantes". O candidato do PSOL rebateu, afirmando que a acusação era
falsa, e comparou Nunes a Marçal, dizendo que ambos demonstram o mesmo
"nível de despreparo e desequilíbrio".
— O que eu defendo é que se
separe-se e diferencia usuários de traficantes —afirmou.
Na réplica, Nunes acusou
Boulos de não responder à pergunta feita e solicitou que ele abordasse o tema
na tréplica. O candidato psolista reiterou a fala sobre desequilíbrio e o
acusou de prometer inúmeros projetos não feitos.
Acusação sobre uso de jatinho
A candidata do Novo, Marina
Helena, perguntou para Tabata Amaral quantas viagens de jatinho particular ela
fez para ver o namorado, o prefeito do Recife, João Campos, que busca
reeleição.
— Quem pagou e de quem era esse avião? — disparou a
economista.
Tabata respondeu que nunca
utilizou de jatinhos para encontrar Campos. Por fim, a deputada disse à
adversária:
— Aguarde um processo.
Nunes e Datena chamam Marçal
de golpista
Tanto Datena quanto Ricardo
Nunes usaram direito de resposta aprovado para falar sobre Pablo Marçal.
Datena iniciou sua fala afirmando que o ex-coach continuava atacando sua honra
e sua família "sem fundamentos" e o acusou de ter enriquecido com
golpes.
Por sua vez, o atual prefeito
aproveitou a oportunidade para reafirmar que Marçal teria crescido às custas de
golpes em pessoas e disse que se manterá "sereno" quanto às acusações
do candidato.
Marçal também obteve direito de resposta em relação às declarações de ambos e os atacou simultaneamente, classificando Nunes como "bandido" e Datena como "orangotango".