No jogo que marcou a despedida de casa em 2024, o
Inter perdeu para o Botafogo por 1 a 0. Um gol de Savarino logo no início
deu a vitória aos cariocas, na noite de ontem (4). Ao time de Roger
Machado resta o consolo da Libertadores. E que o Palmeiras, ao ganhar do
Cruzeiro de virada, impediu a conquista do Brasileirão pelos atuais campeões da
América dentro do Beira-Rio.
Roger teve três baixas entre a terça (3) e a quarta-feira
(4). Primeiro foi Thiago Maia, liberado para cuidar do pai, que está doente em
Roraima. Depois, Alan Patrick teve lesão muscular e está fora da última
semana. Por último, Fernando, desgastado, ficou no banco.
Assim, o técnico optou por Rômulo com Bruno Henrique no
meio-campo e com uma dupla de ataque, Valencia e Borré. No Botafogo, apenas o
goleiro Gatito Fernández foi a troca no time que ganhou a Libertadores no
sábado. Ele substituiu John, suspenso.
Com a confiança em alta, o Botafogo mostrou como chegou a
esse lugar no futebol brasleiro. Com uma jogada envolvente, conseguiu o
escanteio. Na cobrança ensaiada, a bola foi cruzada para fora da área. Da
meia lua, Savarino pegou de primeira, sem deixar cair e venceu Rochet: 1 a 0.
Levou 11 minutos para o Inter chegar perto, bem perto, do
gol. Wesley começou o lance e fez a bola chegar até Bruno Tabata. O camisa 17
cortou para dentro e chutou. Antes de Gatito defender, Adryelson desviou para
trás, a centímetros da trave.
Aos 23, outra chance clara do Inter. Valencia recebeu de
Wesley, driblou Adryelson e encheu o pé. A bola explodiu na trave e voltou para
o meio da área, mas ninguém completou.
O Botafogo resistia enquanto o Inter forçava. Aos 36, Borré
encontrou Wesley na área. Barboza tentou cortar e quase fez contra. Sete
minutos mais tarde, o Inter tramou de um lado para o outro, com Bruno Gomes
iniciando a tabela com Valencia até Bernabei, na esquerda. O cruzamento
encontrou a cabeça de Valencia, que escorou para o meio, Borré completou e
Gatito defendeu sem rebote.
O primeiro tempo acabou com algumas confusões entre os
jogadores, iniciadas após Adryelson comemorar um tiro de meta encarando a
torcida. O Botafogo agradeceu pelo intervalo.
Inter pressiona, mas não empata
Não houve trocas no vestiário. Nem no panorama do
jogo. Já no segundo minuto, Bruno Tabata cruzou para a área, Valencia
disputou com a defesa e o rebote caiu para Bruno Henrique encher o pé. O chute
passou pouco acima do travessão.
O campo, assim como na etapa inicial, parecia inclinado. O
Botafogo apenas sobrevivia aos ataques colorados, que faziam a bola passar de
um lado para o outro da área. Neste ponto, o gol do Cruzeiro no Mineirão foi o
sopro de alegria dos botafoguenses, que mesmo sendo campeões no momento,
restavam calados.
Precisou de mais de 15 minutos para os cariocas, enfim,
respirarem um pouco. Coincidiu com o empate do Palmeiras em Belo Horizonte.
Rômulo, de grande partida, deu de calcanhar para Bruno Gomes, que cruzou.
Adryelson salvou na cabeça de Borré.
Aos 18, as primeiras trocas no Inter. Saíram Bruno Henrique
e Tabata, entraram Gabriel Carvalho e Wanderson. Era um time ainda mais
ofensivo. Seis minutos depois, Roger teve de tirar Rogel, lesionado. Clayton
Sampaio entrou em seu lugar. Na mesma substituição, entrou Fernando, saiu
Rômulo, exausto.
O Inter tinha arrefecido a pressão. Só voltou a chutar aos
29, com Wesley, Gatito espalmou para fora. Aos 31, Bernabei foi ao fundo e
cruzou, Gatito cortou parcialmente e Gabriel Carvalho pegou o rebote, mas
chutou mal.
A última troca ocorreu aos 35, com Gustavo Prado no lugar
de Wesley. A força colorada tinha diminuído. Mas em BH, o Palmeiras havia feito
o segundo sobre o Cruzeiro.
Aos 45, duas chances. Na primeira, Borré chutou e Gatito defendeu. Logo depois, Bruno Gomes driblou na área e bateu, mas Adryelson salvou. No fim, o consolo foi não ver o campeão dentro do Beira-Rio. O Botafogo está a um empate do título.