O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) anuncia nesta quarta-feira
(15), em São Leopoldo (RS), um pacote de ações voltadas para famílias
atingidas pelas chuvas e cheias no Rio Grande do Sul.
Como adiantou o blog do Valdo
Cruz, o governo federal deve anunciar a criação de um auxílio em parcela única para famílias de baixa
renda que
ficaram desabrigadas.
Lula também deve incluir
famílias em estado de vulnerabilidade na folha de pagamento do Bolsa Família,
programa de transferência de renda do governo federal.
"Estamos aqui para anunciar
outras medidas. Essas, voltadas ao cidadão, à pessoa física [...] Para as
pessoas que perderam sua geladeira, seu fogão, sua televisão, seus móveis, seu
colchão. Uma ajuda para essas pessoas. Será atestado pela Defesa Civil de cada
município aquela poligonal, aquelas ruas onde as pessoas perderam seus
objetos", informou Rui Costa, da Casa Civil.
"Essas pessoas [que
perderam bens] terão de forma rápida, facilitada, via Caixa Econômica, a
transferência nas suas contas, via PIX, de R$ 5,1 mil", disse Rui.
"Todas as pessoas que perderam seu objetos. A
comprovação se dará apenas pelo endereço que a pessoa mora. Quem perdeu todos
os documentos vai lá, diz seu CPF. Vai ser via aplicativo da Caixa, com a
autodeclaração das pessoas. E esse endereço, evidente, será checado."
Segundo Rui Costa, a medida deve beneficiar 200 mil
famílias – o custo é estimado em R$ 1,2 bilhão, mas pode aumentar até o fim das
chuvas.
O governo também anunciou medidas
para facilitar o saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS):
os trabalhadores das cidades
atingidas poderão sacar até
R$ 6.220 das contas ativas;
o prazo mínimo de 12 meses desde o saque mais recente,
previsto em lei, não será considerado;
a medida vale para trabalhadores das cidades atingidas –
que estejam em estado de emergência ou de calamidade.
Rui Costa anunciou também que todos os
beneficiários do Bolsa Família na região afetada receberão a parcela de maio na
próxima sexta-feira (17). O cronograma original começava
na sexta, mas previa pagamento escalonado até o próximo dia 31.
O governo já tinha anunciado a inclusão de 20 mil famílias gaúchas no programa,
que devem ser incluídas em uma folha extra para receber, já em maio, a primeira
parcela.
Minha Casa, Minha Vida
No programa habitacional Minha
Casa, Minha Vida, o governo já tinha anunciado uma suspensão de seis meses para
o pagamento das parcelas dos financiamentos.
Nesta quarta, Rui Costa
anunciou uma medida adicional: famílias
que perderam suas casas na enchente e se encaixam nas faixas 1 e 2 do Minha
Casa, Minha Vida terão novos imóveis 100% garantidos pelo governo federal.
Para isso, segundo Rui Costa,
serão usados múltiplos caminhos:
compra
assistida de imóveis usados (a
família indica uma casa já existente ao governo, a União compra a casa e
entrega à familia);
chamada
pública de imóveis (o governo recebe
propostas de proprietários interessados em vender imóveis);
estoque de
casas para leilão (imóveis que foram
tomados pelo governo, em razão de financiamentos não pagos, serão retirados de
leilão, quitados e ofertados às famílias);
aquisição
de imóveis de construtoras (domicílios que
empreiteiras vinham construindo, por conta própria, para oferecer ao mercado –
o governo fará a compra antecipada e entregará às famílias).
O governo anunciou que serão restituídas inclusive as casas que não eram regularizadas.