A
Polícia Penal gaúcha divulgou o balanço da quinta fase da Operação Mute,
deflagrada entre quarta e sexta-feira da semana passada, em três unidades
prisionais no Rio Grande do Sul. A ação, que foi promovida pela Secretaria
Nacional de Políticas Penais (Senappen), também ocorreu de forma simultânea em
todo o sistema penitenciário brasileiro, somando 107 estabelecimentos.
Entretanto, o resultado à nível nacional ainda não foi anunciado.
Foram apreendidos 282 aparelhos celulares em solo gaúcho. O
resultado é a soma de ofensivas realizadas nas penitenciárias de Porto Alegre,
Charqueadas II e Sapucaia do Sul. No total, houve buscas em 158 celas e 1.248
detentos revistados.
A ação no estado envolveu
cerca de 300 servidores penitenciários, entre integrantes do Grupo de Ações
Especiais (Gaes), dos Grupos de Intervenção Rápida (GIRs) das 1ª e 10ª Regiões
Penitenciárias, do Departamento de Segurança e Execução Penal (Dsep), da
Inteligência Penitenciária e das próprias unidades prisionais.
Ainda no RS, a coordenação das diligências foi feita pelo
Departamento de Inteligência e Operações Estratégicas da Secretaria de Sistemas
Penal e Socioeducativo (SSPS) e pelo Departamento de Segurança e Execução Penal
da Polícia Penal, com participação do Departamento de Inteligência da
instituição.
De acordo com o superintendente
da Polícia Penal, Mateus Schwartz, o foco da ação foi efetuar revistas em
pavilhões e celas. Isso porque os aparelhos celulares são as principais
ferramentas utilizadas pelo crime organizado para coordenação de crimes e o
consequente avanço da violência nas ruas. Ele destaca ainda que a ofensiva
demonstra a capacidade de articulação dos policias penais em todo o Brasil.
"A Operação Mute é uma importante ação de
enfrentamento da criminalidade no sistema prisional ao, de forma integrada,
retirar materiais ilícitos de dentro das unidades. A Polícia Penal gaúcha está
empenhada para tornar, em conjunto com as demais forças, o Rio Grande do Sul
cada vez mais seguro”, destacou Mateus Schwartz.
O
titular da Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo (SSPS), Luiz Henrique
Viana, reforça a importância da realização constante de operações nas unidades
prisionais para reduzir os índices de criminalidade. Ele também adiciona que a
Operação Mute ataca os pilares do crime organizado.
“A
Polícia Penal efetua um serviço fundamental para garantir mais segurança à
sociedade. Com frequência, são realizadas revistas em diversas unidades
prisionais do Estado, para retirar materiais ilícitos de dentro das celas. Essa
iniciativa faz parte de uma série de esforços do Executivo Estadual para
combater o crime organizado”, afirma Viana.
Fases anteriores
A quarta fase da operação foi
deflagrada entre os dias 24 e 26 abril, quando as apreensões somaram 3.775
celulares recolhidos em todo o sistema penitenciário nacional. Em solo gaúcho,
foram 133 aparelhos telefônicos localizados em quatro locais, sendo o Complexo
Prisional de Canoas e as penitenciárias estaduais de Porto Alegre, Caxias do
Sul, e Santa Maria.
A terceira fase da ação
ocorreu de 31 de janeiro a 2 de fevereiro, resultando na apreensão de 631
telefones em presídios Brasil afora. No RS, as revistas foram feitas no
Complexo Prisional de Canoas, na Penitenciária Modulada Estadual de Montenegro
e na Penitenciária Estadual de Sapucaia do Sul, somando 75 celulares apreendidos.
No final do ano passado, entre os dias 12 e 15 de dezembro,
a segunda fase da Operação Mute foram 1.294 aparelhos celulares localizados no
Brasil, sendo 391 no RS. Na ocasião, as ações foram realizadas na Penitenciária
Modulada Estadual de Charqueadas, na Penitenciária Estadual de Venâncio Aires e
na Penitenciária Modulada Estadual de Osório.
A
primeira etapa da ação também foi realizada em 2023, de 16 a 27 de outubro.
Foram 1.166 celulares apreendidos no Brasil. No RS, a ação teve como alvo a Penitenciária
Estadual de Porto Alegre, Presídio Regional de Bagé, as penitenciárias
moduladas de Montenegro e Ijuí e Osório, e por fim, mais três casas prisionais
em Santa Maria, sendo a penitenciária estadual, o presídio regional e o
instituto penal, onde há cumprimento de penas em regime semiaberto. O total de
apreensões no estado não foi divulgado na ocasião.