O assalto a um carro-forte no Aeroporto Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul, envolveu 19 pessoas e contou com a participação de membros de uma organização
criminosa de São Paulo, segundo a Polícia Federal (PF). O crime ocorreu
em 19 de junho e deixou um policial e dois suspeitos mortos.
A PF concluiu as investigações sobre o caso na sexta-feira (30). Ao
todo, 17 pessoas foram indiciadas por envolvimento no crime.
Outros dois suspeitos foram mortos em confronto com policiais no RS e em SP.
Os crimes apurados pela investigação são de latrocínio, falsificação de
símbolo, explosão, falsificação de identidade, adulteração veicular, usurpação
de função pública, posse de arma de uso restrito, lavagem de dinheiro,
organização criminosa com arma de fogo e embaraço à investigação de organização
criminosa.
Após 70 dias, a operação resultou na prisão preventiva de 12 suspeitos e em uma prisão temporária. Também foram apreendidos 26 veículos. Por fim, a Justiça Federal
determinou o sequestro de 19 contas bancárias e quatro imóveis.
Participação de organização criminosa de SP
Conforme a PF, membros de organização criminosa de SP chegaram ao estado
dias antes do crime. Eles contaram com o apoio de criminosos do RS para a
execução de etapas, como o planejamento, a execução e a fuga.
A ação envolveu o custeio e transporte de equipamentos como fuzis,
pistolas, munições, explosivos, radiocomunicadores, roupas táticas, veículos,
placas falsas, hospedagens e esconderijos.
O caso
Na noite de 19 de junho, assaltantes armados com fuzis e
disfarçados de policiais federais entraram no aeroporto de Caxias
do Sul, Hugo Cantergiani. A polícia afirma que, depois da troca de tiros, os
criminosos fugiram, com parte do dinheiro roubado, para uma zona de matagal
próxima ao terminal.
Na troca de tiros, dois homens morreram. O policial militar Fabiano Oliveira, de 47 anos, foi atingido por um tiro de
fuzil e não resistiu. Ele era segundo sargento e integrava o 12º Batalhão de
Polícia Militar e deixou esposa e dois filhos.
Um dos assaltantes, que não teve a identidade divulgada, também morreu,
baleado.
A falsa viatura usada pelos criminosos para entrar no aeroporto simulava a da Polícia Federal. O carro foi encontrado e também foi periciado.