Publicado em 19/09/2024 às 09:31

Carlos Gonçalves: “Acreditamos na mudança da gestão”

Carlos Gonçalves: “Acreditamos na mudança da gestão”
Foto: Letícia Anchieta/Rádio Santo Ângelo

O vereador Carlos Gonçalves (PP), candidato a vice de Nívio Braz (PL), foi o entrevistado desta quinta-feira (19) do programa Rádio Visão, da Rádio Santo Ângelo. Salientou que é um político de direita e teve que optar por um novo partido por extinção do PRTB no Rio Grande do Sul e ao receber convite optou pelo Partido Progressista, que aliou-se ao PL para a disputa da eleição municipal.

Salientou que inicialmente trabalhou seu nome para ser candidato a prefeito, porém, com as negociações entre as siglas ficou definido que se candidataria a vice-prefeito. “Por acreditar que podemos mudar a gestão de Santo Ângelo aceitei concorrer ao lado de Nívio Braz”.

Indagado sobre a posição partidária, disse sentir que a grande maioria do PP está ao lado da sua chapa. “É difícil conciliar todos, porque às vezes existem interesses que a gente não sabe a razão que faz não apoiar a candidatura do próprio partido. A maioria está conosco porque defendemos os valores que o PP sempre defendeu. Se estivéssemos coligados com um partido de esquerda, até se entenderia”.

Frisou ainda que dará expediente diário na Prefeitura, com uma gestão em conjunto com o prefeito, que vai visitar as secretarias, ouvindo os servidores e mostrando que será um governo participativo. “Teremos essa sintonia no trabalho de gestão”.

DESENVOLVIMENTO

Carlos afirmou que uma das principais reivindicações da comunidade é por mais oportunidade de trabalho e dentro disso, um exemplo é colocar o distrito industrial em funcionamento, já que a área foi comprada pela atual gestão. “São muitas empresas que precisam de espaço maior para se desenvolver e é papel do Executivo proporcionar essa oportunidade. E, também, poder oferecer local adequado para empresas de fora se instalarem em Santo Ângelo”.

Na sua avaliação, Santo Ângelo também precisa ter maior participação em feiras e eventos, para divulgar suas potencialidades e atrair investimentos. “Tudo para gerar emprego e renda e dar maior visibilidade para nossa cidade”.

SAÚDE

O candidato do PP salientou que a saúde também é um gargalo, pela demora no atendimento, falta de médicos ou pelo sistema de distribuição de fichas e lentidão no fornecimento de exames. “Temos um estudo para municipalizar a Saúde, o que proporcionaria que os recursos do Estado e da União sejam geridos aqui, contratando os serviços, atendendo o que precisa e movimentando a economia, pois esse dinheiro ficaria na cidade”.

Questionado sobre os recursos externos serem escassos e a responsabilidade aumentar com a municipalização, o candidato disse que a coligação da qual faz parte possui vários deputados federais com compromisso de colocar recursos em Santo Ângelo para alavancar esse atendimento. “Município tem que ter coragem de enfrentar e solucionar o problema, por exemplo, das cirurgias eletivas que estão represadas”.

Com relação à UPA, o número de atendimentos é fruto das pessoas procurarem diretamente a Unidade e não os postos dos bairros. “Na Municipalização a gestão fortalece a unidade dos bairros, desafogando a UPA. Hoje, qualquer situação a pessoa procura a UPA e não pode ser assim, primeiro tem que ir ao posto do seu bairro. As unidades podem resolver até 80% dos casos, desafogando UPA e Hospital Regional das Missões”.

A respeito do futuro secretário municipal de Saúde, observou que pode aliar conhecimento de um médico com capacidade de gestão.

HABITAÇÃO

Carlos Gonçalves diz que o plano de governo propõe a análise sobre a recriação da Secretaria Municipal de Habitação, buscando recursos externos e viabilizando terrenos para que sejam formalizados convênios e implementar mutirão habitacional para as pessoas que realmente precisam. “Em Santa Rosa, a Prefeitura viabiliza os 20% de entrada para o financiamento da Caixa, o que é uma forma de ajudar e pode ser estudada”.

FUNCIONALISMO

“Vamos procurar valorizar quem ganha menos, aumentando o salário base. São cerca de 40% dos servidores que estão nessa situação. O Vale-Alimentação é uma necessidade e muitas vezes falam que vamos cortar, o que não é verdade. Para isso, temos que ver a real situação depois de ter assumido a gestão e analisar a melhor forma para ao longo dos quatro anos dar reposição acima da inflação”, analisou sobre a situação dos servidores.

Também falou sobre a qualificação dos secretários municipais. “Vamos buscar pessoas comprometidas e qualificadas em cada secretaria para saber usar os recursos de cada pasta”.

SALÁRIOS

A respeito do recente projeto de aumento dos agentes políticos de Santo Ângelo, aprovado pela Câmara de Vereadores e vetado pelo prefeito Jacques Barbosa, o candidato a vice-prefeito afirmou que o momento não era oportuno para votar e foi infeliz na votação. “Os vereadores ficaram vários anos sem reposição. Nossos secretários tem salário bem menor aos de outros municípios do mesmo porte. Porém, o momento não era oportuno e o prefeito vetou e nós acatamos. Mas, o prefeito não deveria ter vetado o aumento aos secretários. Ele sabe como é difícil encontrar uma pessoa qualificada com o salário de R$ 6,5 mil. Então, são pessoas com projeto político ou que possuem outra renda e aí se consegue quadro para o secretariado”.

INTERIOR

Para o meio rural, o entrevistado salientou que será dada uma atenção especial, entendo que é possível prestar um melhor serviço. “Existem alguns pontos específicos, que precisam ser atacados de forma inicial e fazer um planejamento a longo prazo para que as estradas tenham mais durabilidade. Essa é uma das principais reivindicações da população do interior, além da segurança e internet de qualidade. Precisamos de gente competente na Secretaria, com conhecimento para executar o melhor trabalho a longo prazo. Não podemos só resolver os pontos críticos e deixar o restante sem atenção. Em dois anos podemos atingir todas as localidades com estradas de qualidade”.


Fonte: Rádio Santo Ângelo/Grupo Missões de Comunicação

Compartilhe essa notícia: