Um casal de empresários é apontado como autor do
homicídio de Gabriela Nunes de Azevedo, 30
anos, encontrada morta dentro de um tonel em Não-Me-Toque, no norte do Estado,
em 29 de setembro. Eles tiveram a prisão preventiva
decretada e estão foragidos.
Segundo a polícia, o crime teve motivação
passional. De acordo com a investigação, a
vítima teve um caso extraconjugal com o empresário Alexandre dos
Santos, 43 anos. A mulher dele, Patrícia
Pilatti, 28 anos, que também é
empresária, descobriu a traição e os dois teriam planejado o crime juntos.
Conforme o delegado responsável
pelo caso, Gerri Adriani Mendes, Gabriela foi morta com um
disparo de arma de fogo na cabeça, indicando execução. O corpo foi deixado em um tonel, em uma
propriedade rural, no interior de Não-Me-Toque, e foi localizado quatro dias
após a morte, pelo proprietário da área.
Antes do crime, Gabriela teria dito que estava grávida do
empresário, depois negou a informação. A polícia não descarta a possibilidade
de a vítima estar ameaçando ou extorquindo o homem por causa da
possível gravidez. Gabriela era natural de Porto Alegre, mas estava morando em
um hotel em Não-Me-Toque. Ela havia trabalhado na empresa do casal.
Passos da investigação
A polícia chegou até os
suspeitos depois de analisar imagens de câmeras de segurança, ouvir
familiares da vítima e ter acesso a mensagens de celular.
Nas imagens, a caminhonete do casal foi identificada e
aparecia empoeirada, o que, segundo a polícia, indica que o veículo esteve em
área rural e pode ter sido usado no crime.
Outros elementos coletados,
incluindo mensagens mostradas por familiares de Gabriela, fortaleceram a
suspeita de que Alexandre e Patrícia estão por trás do crime.
Casal está foragido
Segundo o delegado, a
investigação reuniu indícios suficientes para representar pela prisão
preventiva dos dois suspeitos, que foi decretada pela Justiça. Eles estão
foragidos.
Agora equipes trabalham para localizar o casal.
Mandados de busca e de prisão foram cumpridos em seis endereços: três em
Não-Me-Toque, dois em Passo Fundo e também um em Santa Catarina, mas até o
momento, os empresários não foram localizados.
O casal vai responder por homicídio triplamente
qualificado por motivo fútil, impossibilidade de defesa da vítima e
feminicídio, já que o fato dela ser mulher e ter um relacionamento
extraconjugal foi determinante para a morte.
A Polícia Civil segue com
buscas pelos suspeitos e qualquer informação sobre o paradeiro do casal pode
ser repassada através do telefone 197 da Polícia Civil, ou 190 da
Brigada Militar.