Publicado em 25/11/2024 às 08:01

Pista do Salgado Filho recebe última camada de asfalto antes da retomada de voos internacionais

Pista do Salgado Filho recebe última camada de asfalto antes da retomada de voos internacionais
Foto: Fraport/Divulgação

As obras de recuperação da pista do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, entraram na reta final, a três semanas da reabertura completa do terminal. O aeroporto funciona de forma limitada desde 21 de outubro, operando apenas com voos domésticos. A partir de 16 de dezembro, o local poderá receber voos internacionais.

A etapa mais recente das obras é a colocação da última camada de asfalto na pista. Logo após, serão executadas a sinalização horizontal, o balizamento luminoso, a instalação dos instrumentos de navegação e a homologação da pista.

"Após isso, continuaremos com os acabamentos finais e manutenções rotineiras, sem gerar impactos nas chegadas e partidas dos voos", diz Cássio Gonçalves, diretor de Infraestrutura e Manutenção da Fraport Brasil, administradora do terminal.

O primeiro voo internacional previsto após a retomada deve chegar no dia 19 de dezembro na capital, com origem na Cidade do Panamá. A rota, da companhia Copa Airlines, terá a frequência de três vezes por semana. Para janeiro, a Latam confirmou a operação dos voos entre Porto Alegre e as cidades de Lima (Peru) e Santiago (Chile).

O Salgado Filho ficou cerca de cinco meses fechado em razão do desastre climático no Rio Grande do Sul. Inicialmente, no dia 3 de maio, o terminal fechou por causa da chuva. Depois, o aeroporto foi inundado com as cheias dos rios da Região Metropolitana, afetando 75% da pista.

Nesse meio tempo, entre maio e setembro, a Base Áerea de Canoas recebeu voos comerciais de forma provisória, mas em quantidade inferior à usual no Salgado Filho.

Retomada de voos nacionais

A reabertura do Salgado Filho para voos nacionais já elevou a movimentação no terminal. Entre 21 de outubro e 13 de novembro, foram 363 mil passageiros transportados em 2.390 voos.

"Hoje, por questões ainda de obra, nós só temos 14 horas de operação. Nós não temos operação noturna. Mas se nós pegarmos essas 14 horas e comparar com as 24 horas de antes, a gente tem a operação bastante parecida com o que a gente tinha antes da enchente", afirma Fabricio Cardoso, diretor de Operações do terminal.

O aumento de passageiros multiplicou a oferta das empresas de transporte para regiões turísticas do estado. Tem visitante que agenda antes de chegar a Porto Alegre, enquanto outros negociam na hora. O guia de turismo Paulo Daitx atende pessoas que viajam até Gramado, na Serra – a região aposta nas festas de final de ano para a retomada econômica do setor.

"A cidade, 100% cento turismo, mais de 300 restaurantes, mais de 150 hoteis e mais de 30 parques. Tudo vazio [após as enchentes]. Hoje nós estamos caminhando para o rumo certo", diz.

O cooperativista Alex Henrique Molan e a esposa, Naila, desembarcaram na capital a fim de seguir até a cidade serrana, para comemorar o aniversário de casamento. A viagem, que havia sido planejada em janeiro, tinha virado uma incerteza por causa da enchente.

"A gente ficou muito preocupado. Como que seria, se a gente conseguiria vir ou não. E aí, chegando no aeroporto, a gente viu que está funcionando tudo bem", fala.

A enchente de maio no RS deixou 183 pessoas mortas e 27 desaparecidas.


Fonte: G1 RS

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