A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou o
seu sétimo levantamento da safra de grãos 2023/24. O Brasil deve produzir 294,1
milhões de toneladas, numa área total de 78,53 milhões de hectares. Isso
representa uma queda de 8% ou 25,7 milhões abaixo do volume obtido na safra
passada. A quebra se deve, sobretudo, à atuação da forte intensidade do
fenômeno El Niño.
Na contramão nacional, o Rio Grande do Sul apresenta um
cenário de aumento de produção em todas as principais culturas, com previsão de
colher 40,09 milhões de toneladas de grãos, uma alta de 45,3% em relação à
safra 2022/23, quando foram produzidas 27,58 milhões de toneladas. Esse
resultado dá ao RS o posto de segundo maior produtor de grãos do país. Já a
área total destinada ao plantio no estado teve elevação de 0,4%, chegando a
10,34 milhões de hectares.
“Após duas safras consecutivas de perdas na produção de
algumas das principais culturas no estado, as condições da safra atual têm sido
significativamente melhores e devem fazer com que a produção, em especial de
soja, milho e feijão, retorne a patamares dentro da normalidade”, destaca o
presidente da Conab, Edegar Pretto.
A Companhia estima a produção de 21,89 milhões de
toneladas de soja, 68,1% a mais do que na safra passada. “Essa recuperação
coloca o estado na posição de segundo maior produtor do grão no país, ficando
atrás apenas do Mato Grosso”, afirma Pretto. A área total plantada com a
leguminosa no RS é de 6,67 milhões de hectares, uma alta de 1,8%.
O estado gaúcho também deve colher 5,13 milhões de
toneladas de milho; 4,38 milhões de toneladas de trigo; 7,47 milhões de
toneladas de arroz e 77,8 mil toneladas de feijão. Quando comparadas com os
resultados obtidos na safra anterior, as altas na produção são, respectivamente,
de 37,5%, 51,1%, 7,8% e 10%.
No que diz respeito ao tamanho das lavouras, a Conab
projeta aumento de 4,4% na área plantada com arroz, chegando a 900,6 mil
hectares e de 1,9% na área com feijão, atingindo 48,5 mil hectares. Mesmo
apresentando aumento nas estimativas de produção, a área com milho teve queda
de 2%, totalizando 814,9 mil hectares, e a área com trigo caiu 6,5%,
registrando 1,4 milhões de hectares.