Programa Alimenta Brasil (PAB),
antigo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), teve sua portaria revogada e,
com isso, os agricultores familiares deixarão de vender R$ 530 mil em alimentos
que beneficiariam pessoas atendidas em entidades assistenciais.
Mais de R$ 530 mil estavam
previstos para compra de agricultores familiares santo-angelenses dentro do Programa
Alimenta Brasil (PAB), o antigo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A
portaria que autorizava a execução do PAB foi revogada pelo governo federal.
Os alimentos são adquiridos de
agricultores familiares e repassados para 14 instituições de Santo Ângelo, como
os lares de idosos, Apae, SOS Vida, dentre outras. O secretário municipal de
Desenvolvimento Rural (SDR), lamentou a revogação. “É lamentável, é um programa
diferenciado porque estimula a produção, gera renda para a agricultura familiar
e esse alimento de qualidade produzido chega, através de Instituições, para
pessoas mais necessitadas ou com dificuldade para se alimentarem”, observa.
O produtor Reinaldo Machado,
associado da Associação de Produtores
Hortigranjeiros e Produtos Coloniais de Santo Ângelo (Aprocohsa), diz que
para os agricultores familiares será um prejuízo muito grande, travando a
geração de renda. “É um retrocesso. Conquistar esse espaço para a
comercialização dos nossos produtos foi uma luta de muitos anos, garantindo uma
renda importante, que agora será retirada. É uma compra garantida que beneficia
o produtor, mas auxilia também aqueles que recebem os alimentos”.
No ano passado,
a iniciativa movimento R$ 442 mil em Santo Ângelo. De 2017 a 2020, o Programa
teve R$ 1.360.783,32 injetados na economia local,
com 88 pequenos produtores rurais beneficiados, 176 toneladas de alimentos
adquiridas no quadriênio, 16 entidades assistenciais atendidas e 70 variedades
de hortifrutigranjeiros entregues.