O governador Eduardo
Leite e o secretário Estadual de Habitação e Regularização
Fundiária, Carlos Gomes, assinaram nesta quinta-feira no Estrela Palace Hotel,
em Estrela, a ordem de início para construção de casas definitivas para
atingidos pelas enchentes de 2023 e deste ano em
municípios dos vales do Taquari, Rio Pardo, Caí e Paranhana. Ao todo, são 538
residências no Eixo 1, e elas devem ficar prontas em até quatro meses, a partir
do início da preparação dos terrenos.
Conforme
o governador, serão usados R$ 41,8 milhões do Tesouro Estadual para construir
300 casas pelo programa “A Casa é Sua – Calamidades”. Os imóveis terão 44
metros quadrados e estrutura em painéis de concreto pré-fabricado, com dois
dormitórios, banheiro e sala com cozinha conjugadas. As residências serão
construídas nas cidades de Cruzeiro do Sul (40), Encantado (35), Estrela (40),
Lajeado (30), Muçum (56), Roca Sales (35), Santa Tereza (24) e Venâncio Aires
(40).
“Esta ata de registro de
preços para construção de casas é algo inédito no Brasil. Nós vamos reconstruir
a vida das pessoas. Vamos reconstruir o futuro do Rio Grande do Sul. Vamos
colocar todos para frente, cada uma das nossas cidades e cada um dos cidadãos
que vão precisar de apoio nesse momento”, afirmou o governador.
Além disso, o MPRS
disponibilizou o repasse de R$ 5 milhões, oriundos do Fundo de Reconstrução de
Bens Lesados, para a construção de outras 38 casas em Arroio do Meio. Elas
serão as mesmas características técnicas das demais casas construídas no
programa “A Casa é Sua – Calamidades”.
“É com muita alegria que venho
aqui para materializar o reconhecimento do MPRS com o Vale do Taquari. Fesde o
ano passado, temos um olhar diferente para ajudar na reconstrução desta região.
As pessoas precisam de um espaço digno para morar. E esse é um compromisso do
MPRS, de estar com a sociedade e com quem precisa da nossa ajuda”, completou.
Além disso, o Grupo Inova
Steel, de São Paulo, fará a doação de R$ 22 milhões para a construção de 200
casas em Cruzeiro do Sul (100), Igrejinha (50) e São Sebastião do Caí (50). O
grupo paulista, ligado ao setor da construção civil, entregará unidades
residenciais fabricadas a partir de um modelo construtivo chamado “steel
frame”, ou seja, em uma estrutura metálica.
As casas
também terão dois dormitórios, um banheiro e sala com cozinha conjugadas, mas
com uma área de 36 metros quadrados. Os representantes da empresa presentes no
ato ainda reforçaram que toda a mão de obra utilizada na construção das
unidades no RS será de trabalhadores locais, ajudando a fomentar ainda a
retomada da renda destas famílias.
Já a empresa vencedora da
licitação de registro de preço e que construirá as 300 casas do programa A Casa
é Sua – Calamidades” do Governo do Estado anunciou que doará mais 15 unidades, aumentando
o número de casas definitivas para 553, além da contratação de mão de obra
local para trabalhar na construção das unidades.
O secretário estadual de
Habitação e Regularização Fundiária, Carlos Gomes, reforçou que o anúncio
apresentado pelo governo é uma resposta rápida desenvolvida com o aprendizado
dos eventos climáticos de 2023. “Nosso trabalho foi no sentido de garantir uma
solução rápida, eficiente e financeiramente viável para assegurar o direito à
moradia digna aos atingidos por esse tipo de situação, que, infelizmente, é
cada vez mais frequente”, afirmou.
Em todos
os casos, os beneficiários são as pessoas que perderam suas residências nas
enchentes. A seleção das pessoas é feita pelas prefeituras das cidades.
Apelo e nova
licitação
Durante a apresentação, Leite fez um apelo
para que as burocracias envolvendo os projetos habitacionais sejam reduzidas,
para atender mais rapidamente a população. O governo do RS também prepara uma
nova licitação no Eixo 2, com até 2,5 mil casas. Elas deverão ser em frame, com
dois dormitórios, sala com cozinha conjugada e banheiro, tendo 50m². O prazo,
quando for feita a ordem de início de serviços, é de três meses a partir do
início da construção.
Prefeitos
celebram construção de casas definitivas
Alguns prefeitos do Vale do Taquari participaram do anúncio do início da
construção das 538 casas para desabrigados no RS e celebraram as ações para a
retomada de uma moradia digna para seus munícipes. “Minha cidade teve mais de
mil casas destruídas. Toda essa ajuda que está sendo feita para o nosso
município representa muito para aqueles que não têm mais nada”, apontou o
prefeito de Cruzeiro do Sul, João Henrique Dullius.
O prefeito de Estrela, Elmar Schneider, destacou que, com a ajuda que
vem sendo dada, o município vai ser reerguer. “Essa tragédia veio talvez no
melhor momento de Estrela, onde o nosso comércio, indústria e agricultura
viviam em um momento pleno de geração de emprego. Mas Estrela não vai parar.
Nós vamos seguir em frente”, relatou.
O
prefeito de Arroio do Meio, Danilo José Bruxel, agradeceu as ações que vêm
sendo feita para ajudar na retomada da sua cidade. “Hoje nós podemos dizer para
a nossa comunidade que muitas famílias terão um lugar fixo para morar. Isso vai
nos ajudar a aliviar o grande problema que nós vamos ter que é a habitação”,
finalizou.