O número de moradores fora de casa após
os temporais que atingem o Rio Grande do Sul desde o fim de abril é superior à
população de oito capitais brasileiras.
De acordo com o relatório mais atualizado da Defesa Civil, 615 mil pessoas foram atingidas. São 538,2 mil gaúchos
desalojados (em casas de amigos ou parentes) e outros 77,4 mil em abrigos.
O quantitativo é maior que as
populações de Rio Branco (AC), Macapá (AP), Vitória (ES), Porto Velho (RO), Boa Vista (RR), Florianópolis (SC), Aracaju (SE) e Palmas (TO).
Os números levam em consideração os dados do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
O governo do estado afirma que, em razão do volume de chuva
que atingiu o RS nas últimas 48 horas, os rios Caí e Taquari vão sofrer elevações rápidas, atingindo a cota de inundação.
Posteriormente, essas águas vão chegar ao Jacuí e ao Guaíba.
Prefeitos e equipes das Defesas
Civis têm feito apelos para que moradores de áreas de risco não
retornem para suas residências. Ginásios, escolas e igrejas são usados
como abrigos.
O Guaíba marcou 5,20 metros na manhã desta terça (14) e voltou a
avançar sobre ruas. Moradores
do bairro Lami, na Zona Sul de Porto Alegre, deixaram suas casas no dia mais
frio do ano na Capital.
PIX aos afetados
O governador Eduardo Leite
anunciou os critérios das famílias que se enquadram para receber o PIX SOS Rio
Grande do Sul e que podem iniciar o processo de recuperação
e reconstrução de suas residências. O Comitê Gestor do PIX definiu que serão
destinados R$ 2 mil por família afetada.
Receberão os
benefícios:
Desabrigadas ou desalojadas como
consequência do evento climático, residentes nos municípios que tiveram
situação de calamidade reconhecida pela Defesa Civil;
Inscritas no CadÚnico ou no
Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF);
Que não tenham sido contempladas
pelo programa Volta por Cima;
Tenham renda familiar de até
três salários mínimos.