A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao ministro Luiz Fux, do
Supremo Tribunal Federal (STF), que rejeite a ação movida
pela seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Sul (OAB-RS) para extinguir a dívida
do Estado.
O
governo federal suspendeu as parcelas por 36 meses, para ajudar o Rio Grande do
Sul a se reerguer, mas a OAB defende que a medida não é suficiente e
cobra uma "solução estruturante".
Em resposta ao STF, a União afirma que o pacote de medidas de apoio ao Estado
gerou um "alívio financeiro" de
R$ 31,9 bilhões e que, neste momento, a intervenção do Poder
Judiciário é "desnecessária".
"Ressalta-se que o diálogo interfederativo para
enfrentamento da crise será contínuo, de forma que a União está aberta para,
eventualmente, complementar as medidas iniciais adotadas para recuperação do
estado gaúcho. No entanto, essas serão implementadas no momento oportuno, já
que o pacote inicial de enfrentamento é robusto e já está em execução",
diz um trecho do ofício ao STF.
O
Rio Grande do Sul deixará de pagar R$ 13,7 bilhões à União, que serão
destinados a um fundo para a reconstrução do Estado, segundo a proposta
anunciada. No período de três anos, não haverá incidência de juros sobre o
estoque de dívida. Com isso, deixarão de ser somados R$ 18,1 bilhões ao saldo.
O governador Eduardo Leite (PSDB) já afirmou publicamente que a suspensão das parcelas não é suficiente. Segundo ele, será preciso pensar em "soluções mais perenes" para o Estado. Cabe agora ao ministro Luiz Fux analisar o processo.