Com um a menos por mais de uma hora e um pênalti contra, não
faltou valentia e entrega do Inter para segurar o 0 a 0 com o Cruzeiro, na
recuperação de uma das partidas atrasadas do Brasileirão.
Anthoni foi o herói da noite, ao salvar a cobrança da
penalidade máxima de Kaio Jorge, e garantiu o placar após a expulsão de Rogel
ainda no primeiro tempo. Com o resultado, a equipe permanece na 11ª posição,
agora com 29 pontos e ainda devendo três jogos na relação com as 24 rodadas de
Brasileirão.
Não fosse a suspensão de
Rochet, Roger teria repetido os 11 jogadores que atuaram contra esse mesmo
adversário no Beira-Rio. Mas com o terceiro cartão amarelo do goleiro, Anthoni
entrou, e essa foi a única diferença do time. No Cruzeiro, Fernando Seabra
devolveu Walace aos titulares e contou com o retorno de Matheus Pereira.
O Cruzeiro começou comandando as ações. Nos primeiros
minutos, controlou a bola, trocou passes e tentou envolver a defesa colorada.
Finalização, mesmo, veio aos sete, com Marlon, mas sem perigo.
Apesar do domínio, o
Cruzeiro não achava espaços para finalizar. E o Inter resistia bem, mas sem
força para contra-golpear.
O problema foi que Rogel fez
uma bobagem. Aos 31 minutos, ele acertou com o braço em Kaio Jorge em uma
disputa aérea. O árbitro deu cartão vermelho direto ao zagueiro (que
já tinha amarelo). Com 10 em campo, Roger teve de fazer uma troca: ele tirou
Gabriel Carvalho e colocou Vitão para recompor a defesa.
Mesmo com um a menos, o
Inter soube se portar bem. O Cruzeiro, ansioso, só arrematou de fora da área. E
nenhuma vez na direção do gol de Anthoni, que só precisou intervir em um
cruzamento rasteiro. Assim, a primeira etapa terminou sem gols.
Segunda
etapa sofrida
O Inter voltou sem trocas do intervalo. E o panorama também não se
alterou. O que mudou foi a
primeira finalização realmente perigosa. Vitinho, da entrada
da área, arriscou, e a bola passou raspando a trave.
Aos seis minutos, uma situação curiosa. Mercado levou cartão amarelo por reclamação de um bolo de jogadores. Com
a nova recomendação da CBF de que apenas o capitão pode falar com o árbitro,
houve uma troca de braçadeira, e Fernando assumiu o cargo.
Aos nove, outra chance boa para os donos da casa. Matheus Pereira cobrou
uma falta da entrada da área, pelo lado da barreira, e a bola encontrou a trave
antes de sair.
Aos 16, Thiago Maia caiu de mau jeito, por cima do
joelho, e precisou sair. Roger já faria trocas, então, foram três substituições
de uma vez só: fora Thiago Maia, Wesley e Bruno Tabata, dentro Rômulo,
Valencia e Bruno Henrique.
Anthoni precisou trabalhar
novamente aos 25. Em um bate-rebate na área, a bola sobrou para Matheus
Henrique, que achou Kaio Jorge na área. O atacante encheu o pé e o goleiro
defendeu firme, sem rebote.
Polêmica com o VAR
Aos 26 minutos, um
lance polêmico. Em um cruzamento para a área, Valencia tentou cortar, mas
a bola desviou em seu braço, quase em cima da linha. Nesse tempo, Anthoni caiu
machucado. Foram quatro minutos para atender o goleiro. E só então o
árbitro foi chamado ao VAR. Mais dois minutos revisando. E pênalti marcado.
Nove minutos depois, Kaio Jorge enfim cobrou. E
Anthoni defendeu com os pés. No rebote, Matheus Pereira bateu de fora da área e
o goleiro fez outra grande defesa.
Pelas paralisações do segundo tempo, foram 11 de acréscimos. E o Mineirão continuou vendo a pressão total do Cruzeiro, que mal saía da intermediária colorada. Roger fez a última troca aos 48, com Renê no lugar de Borré. Era hora de resistir. E foi isso o que ocorreu. Dado o cenário do jogo, o empate no Mineirão precisa ser celebrado.