Publicado em 13/06/2024 às 15:02

Cuidar da cidade

A escrita não trata do último Dia dos Namorados. As linhas a seguir dirão algo em relação ao amor difuso que circula pelas ruas e avenidas de Santo Ângelo.

Antes do bem-querer, porém, é preciso escrever um pouco sobre o desamor expressado na destruição das árvores nas Avenidas Getúlio Vargas e Brasil, no centro da cidade.

Não sei se o crime ambiental foi obra individual ou coletiva, por certo as instituições policiais apurarão a autoria, mas o fato é que o vandalismo representou uma grave agressão aos santo-angelenses.

A destruição das plantas de ornamentação possui uma complexidade que transcende a simples responsabilidade civil e criminal, exige a compreensão da (ir)racionalidade dos agressores.

Se jovens, ainda há tempo para lições acerca da história construída nos povoados missioneiros, laços comunitários, civilidade e respeito ao meio ambiente, afastando-os de uma subcultura delinquente.

Acaso adultos, saber a motivação para tamanha barbárie é fundamental, puni-los, também. O ódio às plantas é, antes de mais nada, ódio contra a cidade.         

Enamorar-se com a cidade é essencial para o desenvolvimento socioeconômico. Cultivar uma relação de carinho com Santo Ângelo é torná-la cada vez melhor para as atuais e futuras gerações.

O triste episódio das plantas destruídas serve como um ponto de inflexão, exige, assim, uma forte reação comunitária, todos devem reagir demonstrando que a cidade merece um forte e carinhoso abraço. 

Além das ações do governo municipal, os espaços públicos necessitam do zelo de cada um dos moradores. Esta conjugação de esforços é a soma que resultará em uma boa qualidade de vida. As áreas públicas nada mais são do que a extensão da nossa vida privada.

Cuidar dos logradouros públicos é cuidar da nossa própria casa. Desse modo, Santo Ângelo precisa ser amada, jamais ferida; a cultura do amor à cidade deve reger a vida comunitária.

Amar a cidade é cuidá-la.

            



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