O
ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse nesta terça-feira
(30) que o programa Voa Brasil — que proporciona passagens aéreas de até R$ 200
para aposentados do INSS — vendeu 3 mil passagens desde
o lançamento, na semana passada.
O número representa 0,1% do total oferecido no primeiro dia.
Quando
foi apresentado pelo governo, dia 24 de julho, 3 milhões de passagens foram
disponibilizadas para compra no site do programa: https://voabrasil.sistema.gov.br/login.
"Até
ontem, já foram vendidas 3 mil passagens. Tivemos 50 mil acessos, 3 mil vendas.
Isso vai se iniciando a venda na medida que as pessoas forem procurando. Agora,
a ideia é que as [empresas] aéreas e o Ministério façam um trabalho de
comunicação. Tem muita gente testando o programa e isso
vai se iniciando", disse o ministro.
Questionado sobre a baixa
adesão, o ministro disse que "o mais importante é que apresentamos algo ao
Brasil sem custo para o país, foi uma ação pedagógica de incluir brasileiros
aposentados para viajar pela aviação".
Acordo com companhias
Não haverá gasto de
dinheiro do Orçamento federal para reduzir o custo das passagens para quem comprar pelo Voa Brasil.
O trabalho do governo foi costurar com as companhias áreas um acordo
para que ofereçam os bilhetes a esse preço para quem não viajou nos últimos 12
meses.
O argumento do governo é que essas pessoas vão ocupar vagas ociosas nos aviões.
O secretário nacional de Aviação Civil do Ministério dos Portos e Aeroportos,
Tomé Franca, explicou, na inauguração do programa, que historicamente cerca 15%
e 20% dos assentos não são ocupados no ano.
"É uma cota (para os aposentados). São passagens dentro dessa
ociosidade", disse na ocasião.
Segundo dados levantados por auxiliares do presidente Lula, a aviação
civil movimentou aproximadamente 112 milhões de passageiros no ano passado.
Desse total, cerca de 12% (mais de 13 milhões) das passagens foram vendidas por
até R$ 200.
A expectativa é que
os 3 milhões de bilhetes do Voa Brasil façam essa fatia crescer, pois
as empresas aéreas ocupariam os lugares vazios nos aviões com aposentados que
não costumam viajar.
"Dos 112 milhões, apenas 30 milhões de CPFs viajam. Apenas 30 milhões de CPFs viajam pelo brasil. Qual a essência do programa? Incluir mais gente", afirmou Costa Filho na semana passada.