Santo Ângelo é referência em termos de formalização e
produção das agroindústrias. E o crescimento do setor segue com mais três
formalizações encaminhadas. Na 11ª edição da Feaagri Missões, realizada em
setembro, ocorreu o Encontro Regional de Agroindústrias, promovido pela Emater
e Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, quando foi destacado o cenário
santo-angelense na área.
Na ocasião, foi ressaltado que Santo Ângelo é o único dos
45 municípios da Regional da Emater e um dos poucos do Estado que possui um
Programa Municipal de Incentivo às Agroindústrias.
O secretário municipal de Desenvolvimento Rural, Diomar
Formenton, salienta que foram encaminhadas ao Conselho Municipal de
Desenvolvimento Agropecuário (COMDASA) as solicitações de formalização de mais
duas agroindústrias. Conforme prerrogativa da Lei 4.312/2019, o Conselho deu
parecer favorável. Assim, são 23 agroindústrias instituídas nas duas gestões de
Jacques Barbosa, as duas autorizadas pelo COMDASA e mais uma encaminhada,
totalizando 36 com as que já estavam em funcionamento.
Foram aprovadas pela COMDASA, a agroindústria de
beneficiamento de mandioca de Délcio Rohde. Os pais Marli e Dalvio Rohde, com
seu outro filho Daltro, já mantem uma agroindústria de farináceos há mais de
dez anos. Diomar salienta que nesta semana visitou o novo empreendimento, que
está edificando o alicerce, com previsão de inauguração março de 2025. O outro
empreendimento aprovado é de Sibele Bade, de Rincão dos Meotti, que trabalhará
com farináceos.
Também está sendo implantado empreendimento liderado pelo
jovem rural Rafael Colovini, de Lajeado Cerne. Diomar visitou o local nesta
semana. Rafael está investindo na construção de um moinho colonial, apostando
na fabricação tradicional de farinha de milho. Dentro da lei de incentivo, a
Secretaria de Desenvolvimento Rural encaminhou a aquisição de 20 toneladas de
brita para a obra.
ALTERNATIVA
Diomar salienta que a agroindústria é uma importante
alternativa para a agricultura familiar, agregando valor à produção,
proporcionando renda e emprego. Destaca que muitos jovens envolvidos no
segmento estão tendo boas expectativas de investimentos no setor.
Também ressaltou o Programa de Agroindústria que o
município possui e a Lei de Incentivo às Agroindústrias – Lei 4.312 de julho de
2019, que trabalha com projetos estruturais, com abrangendo terraplanagem,
licenças, material de construção, pedra brita, equipamentos, apoio na
organização da comercialização, oferecendo subsídios e incentivo. “Essa
iniciativa apoia a inclusão dos agricultores familiares no processo de
agroindustrialização e comercialização da sua produção, de modo a agregar
valor, gerar renda e oportunidades de trabalho no meio rural, garantindo a
melhoria das condições de vida das populações beneficiadas direta e
indiretamente pelo Programa”, observa.
COMERCIALIZAÇÃO
Além do apoio na estruturação, as agroindústrias também
recebem apoio para a comercialização para programas institucionais, como o da
Alimentação Escolar e o Programa de Aquisição de Alimentos. Também conta com o
SIM (Serviço de Inspeção Municipal), que possui uma equipe de técnicos que
acompanha diariamente as agroindústrias de origem animal.
Outro apoio importante destacado por Diomar é referente a
Associação de Produtores Hortigranjeiros e Produtos Coloniais de Santo Ângelo
(APROCOHSA), que contou com a reestruturação do Pavilhão da Agricultura
familiar na Venâncio Aires, readequando a cozinha para elaboração de produtos
coloniais e fritura de peixes, dando as condições sanitárias para a
comercialização dos referidos produtos.
“Recursos da Prefeitura serão repassados no valor de R$ 50
mil, destinados para o custeio de um médico veterinário responsável técnico das
agroindústrias de origem animal”, acrescenta o secretário.
Outro ponto que destaca é o Café Colonial Missioneiro,
considerado uma verdadeira mostra do que é produzido pelas agroindústrias
locais e que hoje conta com espaço qualificado para a sua realização, além de
atender diversos eventos.