Publicado em 25/07/2024 às 15:15

Colono, motorista, escritor

Os escritos na terra, são lavras dos colonos, no manejo de enxada, arado,saraquá,  das plantadeiras manuais e, do maquinário contemporâneo, o roceiro faz plantio, no chão sagrado, lança sementes milenares, para o engravidar da terra, o solo poroso recepciona-as, para o processo da dormência, guarnece-as, com olhos vigilantes (da mesma forma que as mulheres gestantes zelam pelo filhos), aguarda o espetáculo da germinação e do emergir das cultivares, em face fecunda e robusta, rasgam véu da terra, com vigor e altaneiras, oferecem-se, em forma de alimento sagrado.

Ao lados das plantações, as manadas de gados pastam gramíneas, com uma gana insaciável, visando tomar peso e tamanho, com suculências, para saciar as ânsias da população, cada vez mais exigente no paladar, multiplicadas vezes maior nos dias atuais, do que nos tempos dos FNMs, os animais presentem que seu fim é o matadouro, porque a multidão está ansiosa, assentada a mesa, exigente e frenética, seus olhos desveem os olhos dos homens do campo, enfrentando as invernias, em campos gelados e sóis impiedosos e as aves de rapina, sempre na espreita.

No largo das estradas, o chofer conduz o seu GM, Ford, Mercedes, FNM, na mesma senda, daqueles trafegando em ultramodernos caminhões, todos, transportando as riquezas geradas no campo e das indústrias, sob a proteção dos céus, em estradas asfaltadas, lamacentas ou empoeiradas, recebendo agravos dos motoristas de veículos leves, pelo simples fato de conduzir os víveres tão necessários ao sustento dos ofensores, seu dirigível, incompreendidamente, incrédulo, anda com mais vagar, possui dimensões maiores, porém, o faz, com carinho, pensando no alimento do semelhante e no ganha pão dos seus filhos.

A mesma datainstituída em favor do colono e motorista, graciosamente, restou reconhecida em benevolência dos escritores, agraciados, aqueles que traduzem as produções do seu imaginário, os relatores das vivências das gentes, da exuberância da natureza, da leveza das brisas, das cores da liberdade, flocos de neve, da força do minuano, asperezas das japecangas, exuberância dos castelos, da beleza externa das faces, planares de pássaros, lentidão das horas vagas, da força da saudade, mas, também, para que o escritor revelasse a sociedade, a mais valia, dos homens do campo e dos homens das estradas. 



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