Publicado em 23/08/2024 às 11:11

Rádio Santo Ângelo

No longínquo 1947, Frederico Arnaldo Ballvé, levou à diversos rincões gaúchos, emissores de rádio, dentre elas, a ZYF-6, rádio Santo Ângelo, esta, em 1947, algo extraordinário, revolucionário para a época, um homem sonhador difundiu um sistema de rádio, enquanto no cenário mundial as comunicações radiofônicas vibravam desde 1893, no Brasil, a invenção do rádio cabem ao Padre gaúcho Roberto Landell de Moura, embora não reconhecido (nascido em P. Alegre em 1862), Landell de Moura desenvolveu um aparelho que transmitia a voz humana, sem fios, razão pela qual foi motivo de exame de sanidade mental.

Landell efetuou diversas tentativas de registrar o seu invento, tanto no Brasil e fora dele, sem obtenção de êxito, em 1901 registra nos Estados Unidos a patente do transmissor de ondas do telégrafo e do telefone, retorna ao Brasil, faz outra tentativa junto ao Presidente Arthur Bernardes, taxado de louco, retorna a Porto Alegre onde falece em 1928, aos 66 anos de idade, enquanto o invento ficou para o italiano Guglielmo Marconi, o qual iniciou as suas experiências com as transmissões de ondas em 1895, mas no Brasil, Edgar Roquete Pinto é considerado o pai do rádio.

O rádio em sua plenitude foi e continuará sendo valiosíssimo, no mundo democrático, as notícias, os fatos, acontecimentos precisam chegar às gentes de forma nua e crua, na forma que ocorrem e, não como alguns pretendem, havia alguns anos, realizamos algumas pesquisas com o povo, na rua, transcrevemos algumas manifestações sobre o início da rádio Santo Ângelo, Leri Dalton de Lima, contou: a emissora chamava-se ZYF-6, eu devia ter 7 ou 8 aninhos, ia no programa, ao vivo, no auditório, eram realizados sorteios de ingressos pro cinema municipal, havia um quadro onde podia fazer pedidos ao Papai Noel, recordou dos funcionários: Rosenthal, J. L. Furtado, Orestes, Babá, Élio Fagundes.

Valério Teikowski refere ter frequentado os programas de auditória desde os 12 anos, lá ocorriam trovas entre Adelque e Cenair Maicá e, Margarida (possivelmente Fernandes), menciona que Margarida era pequenina, precisa subir numa cadeira para alcançar o microfone, desta também, ser ele e José Aquidapasse, funcionários da Cia Telephonica Nacional, realizavam as instalações das linhas para transmissões de jogos de futebol, destaca, que ao meio-dia havia um programa cômico, todavia, ficou pouco tempo no ar, porque algumas pessoas se sentiam atingidas, pelo enredo, ameaçaram atear fogo na emissora.

Leri Dalton, Valério e Darci Cortesia citam programas de auditório, entre eles, o Gravetos do Passado, do CTG Vinte de Setembro, com músicos e cantores, entre eles, Brandão e Brandãozinho, Adelque e Cenair Maicá, Vilmar Àvila Brites, Aparecida, Belém e Vilson Bernes, Ivo de Miguel, José Cardoso traz na lembrança o ano de 1956, ouvindo futebol e o Gravetos do Passado, por sua vez, Darci Cortezia menciona que a família adquiriu um rádio, depois da inauguração da emissora, já Evaldo Stroschoen, relatou, estar no exército no dia da inauguração da rádio, avistou um rádio girou um botão ouviu a viva voz, a inauguração!

            



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