Publicado em 10/10/2024 às 15:36

Vitória e derrota exigem análise racional

As urnas decidiram. E é assim na democracia e precisa ser respeitado, sem observações extras. Uma vitória ou derrota eleitoral não se faz com apenas uma situação. É um conjunto, que precisa ser entendido por quem ganha e por quem perde.

A análise correta do processo, sem consagração ou condenação individual, poderá definir o que acontecerá no futuro. Vitória e derrota são exigentes no mesmo nível em termos de racionalidade e entendimento amplo.

 

Estratégia inteligente

A vitória de Nívio Braz está calcada numa estratégia que mostrou-se inteligente e que alcançou o resultado imaginado. A candidatura liderada pelo PL conseguiu atrair o voto de oposição. O chamado “voto útil” foi decisivo.

Muitos eleitores que estavam propensos a votar em José Lima, por discordância com a atual gestão, foram convencidos de que a chance de vitória estava ao lado de Nívio Braz. E mudaram. A diferença de votos mostra bem isso.

Na eleição de 2020, Bruno Hesse alcançou 23,68% dos votos e foi o terceiro. Nesta, José Lima, o terceiro, ficou com 10% da votação, muito abaixo. A diferença migrou para o representante do PL.  Essa capacidade de angariar essa parcela dos eleitores foi decisiva.

 

Renovação esperada no Legislativo

No Legislativo municipal a renovação já estava definida. Dos 15 eleitos em 2020, dois foram cassados e um perdeu o mandato por conta da anulação dos votos de um suplente. Além disso, outros três decidiram não concorrer e dois disputaram a eleição em chapas majoritárias.

Daqueles que buscavam a reeleição, apenas quatro: Márcio Antunes, Nêne, Simone Lunkes e Vando lograram êxito.

Entretanto, não basta renovar nomes. O Legislativo tem que renovar práticas. O que foi visto na atual legislatura, em vários aspectos, não pode se repetir. Foram repetidas cenas de quebra de decoro e um vereador foi cassado por isso e outro se safou.

 

Derrotado na vitória do seu grupo

Saber perder é uma virtude. Saber ganhar, também. Entretanto, alguns insistem na forma truculenta de encarar as situações e descambam para ataques pessoais, ofensas e um nível muito raso que realmente não justifica a ocupação de cargos importantes.

A cena promovida pelo vereador Nerison Abreu (PL) na sessão da última segunda-feira da Câmara de Vereadores foi mais do que lamentável. Foi uma verdadeira aberração.

Não deve ser fácil ter sido alvo de uma acachapante derrota, somando pouco mais de 250 votos na busca pela reeleição, em meio a uma vitória do seu grupo político na eleição majoritária. Uma votação assim, somada a postura, praticamente impede que um cargo no governo seja oferecido.

Mas é colheita. Simples assim. O que, em absoluto, justifica as ofensas a quem nada tem a ver com isso e que “apenas” foi eleito.

 

Vitórias expressivas

Na região da 45ª Zona Eleitoral foram vitórias expressivas. Em São Miguel, Rodrigo Ribas (PP) alcançou 70% dos votos. Em Vitória das Missões, Cornélio Luis Grimm (PDT) se reelegeu com larga vantagem. Já em Eugênio de Castro, Fernando Machado chegou à Prefeitura com uma vitória expressiva, superior a 200 votos.

E em Entre-Ijuís, Brasil Sartori, que não pode ser candidato a reeleição em 2020 derrotou quem lhe sucedeu.

 

 PERGUNTAR NÃO OFENDE

O horário de verão virá ou não?

 

SÓ PARA LEMBRAR

Os dois vereadores que mais usaram o artifício dos ataques pessoalizados, da ofensa, inclusive aos servidores públicos, tiveram votações pífias.

 

PARA REFLETIR

“Não há nenhuma árvore que o vento não tenha sacudido”.

Provérbio hindu



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