O
verão havia lançado soluços de dó aos habitantes da ilha sem nome, localizada
entre escarpas solitárias, no entreposto sem penínsulas nem portos, apenas o
habitantes daquelas plenitudes tiveram a oportunidade de perceber os
prenúncios, ainda que a ilha se constituísse em um reduto exemplar da raça
humana, fora o próprio rei Sol quem ditara os prenúncios, com suas insinuações diárias,
ora se ofertando em rubra cor, viva demais, logo, uma anomalia desordenada,
noutras, exalando calor em demasia, um alerta, aos desentendidos habitantes.
Com
as despedidas veraneiras, os ilhéus sequer perceberam a chegada mansinha das
brisas outonais, enquanto as folhas formavam espessa camada vegetal sobre o solo,
nem mesmo ouviam o pousar da lua sobre os galhos desnudos das árvores, as
cortinas das noites, descansavam soberanas sobre os telhados das casas, daquelas
gentes conhecidas de si, dos seus e das cantigas de outros ilhas, ilha herdada
com os lastros da estrutura, montada pelas gentes de dantes, estes, verdadeiros
baluartes da labuta, sem medo de enfrentar os rigores do seu tempo!
Os
ares de outono, invariavelmente, recheados de bondade, com dias de calor ameno
e noites tão primaveris, daquelas de causar inveja a própria primavera, com o
quedar dos dias em temperaturas convidativas aos brindes noturnos, em sorrisos desfraldados,
saudando os flecos da lua e as nuances das estrelas, nos estendidos das aguadas
dos açudes, espelhados entre bosques, inspirações para os pares românticos,
experimentando os primeiros beijos, ansiosamente esperados, em conluio com as
nuvens, cobrindo os luares.
Os
ilhéus foram surpreendidos pesarosamente, com a bravura e ferocidade da
natureza, faminta por destruição, chegou arrastando selvas, bosques e edificações, expelindo furor pelas ventas das nuvens e, na
força dos raios tresloucados, filhos do entrechoque de massas de ar antagônicas,
tudo, pela “mala suerte,” das invejosas sereias marinhas, diante do namoro
entre o sol e a lua, em felicidade escaldante e, com o testemunho das estrelas,
bençãos do Cruzeiro do Sul, ainda, da estrela Vênus, sempre vigilante e próxima
da lua, sua dileta afilhada, eis uma razão jubilosa, para o reflorestar dos
alpendres da alma!
Opinião