O prefeito eleito Nívio Braz já
confirmou que o vereador eleito Vinícius Makvitz (MDB) é o nome indicado para a
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação.
Entretanto, ainda espera pela manifestação das entidades empresariais sobre
indicações para o cargo.
Pois bem, a Agir (Agência de
Desenvolvimento) está indicando o nome de GrasianoTolfo, empresário da empresa
Primu’s, para assumir a pasta. Conforme Junior Moro, presidente da Agir, o nome
de Tolfo recebe a indicação por possuir competência, interesse e
disponibilidade. A ideia é que a indicação seja feita por todas as entidades. A
Acisa já teria corroborado a indicação, assim como o Sindilojas. Na CDL ainda
não se chegou a um consenso.
Inclusive, Nívio e Tolfo já
teriam conversado sobre a possibilidade.
Caso seja confirmado o nome de
Grasiano, Vinícius pode ser guindado à pasta do Planejamento, onde foi titular
na atual gestão.
Problema na nomeação do Bem-Estar
Animal
A vereadora Lúcia Lima (MDB) não
deverá assumir o Departamento de Bem-Estar Animal como já havia sido informado
por lideranças do futuro governo. Acontece que para assumir o cargo um dos
requisito é formação superior. A vereadora, que não foi reeleita, está cursando
Veterinária e, portanto, ainda não possui a formação determinada por lei.
Essa exigência foi feita pelos
membros do Conselho Municipal de Bem-Estar Animal quando da criação do
departamento. Uma possibilidade seria a mudança da lei, porém, isso só deverá
ocorrer já na gestão de Nívio Braz.
Aprovado título póstumo a Prestes
Na sessão da última
segunda-feira, a Câmara de Vereadores de Santo Ângelo aprovou o título de
cidadania a Luiz Carlos Prestes. Esse título foi proposto em 1984 pelo então
vereador Adroaldo Loureiro e não teve aprovação da maioria dos vereadores da
época. Agora, a iniciativa partiu do vereador Gilberto Corazza e foi aprovada
por dez vereadores. Foram registrados ainda uma abstenção, dois votos
contrários e um vereador não estava em plenário no momento da votação. E o
presidente vota apenas em caso de desempate.
A Coluna Prestes é um episódio
marcante da história do Brasil que iniciou em Santo Ângelo e isso não pode ser
repudiado. O movimento completou cem anos recentemente e ganhou destaque na
imprensa nacional.
Votar contra o título póstumo a
Prestes ou querer que se desconsidere a história é uma posição muito rasa. A
justificativa ideológica para a reprovação beira a infantilidade. “Não pode dar
título de cidadania a um comunista”. Essa expressão foi ouvida em meio ao
debate. Ora, Prestes somente se integra ao partido comunista na década de 1940
e a Coluna inicia em 1924. E mesmo que já fosse comunista na época, não mudaria
em nada a repercussão do movimento.
Incoerência. Para dizer o mínimo
O mais absurdo é que gente que
votou contra o título para Prestes alegando questão ideológica não entende que
o movimento iniciado em Santo Ângelo era liderado por um militar que se colocou
contra o sistema da época. E essas mesmas pessoas são seguidores de Bolsonaro,
um militar que fala dia e noite que sua luta é contra o sistema.
Além disso, quem foi para frente
de quartel clamar por golpe militar, atentando contra a democracia e até se
gabando por isso, não é o mais indicado para questionar homenagem por questão
ideológica.
Feitiço contra o feiticeiro
O curioso da sessão foi o
vereador André Pedroso (PP) chamar o colega Nerison Abreu (PL) de “melancia”
por este ter votado a favor do título a Prestes. Melancia é um termo muito
usado por “extremistas” para definir quem se diz “verde por fora e vermelho por
dentro”.
Aliás, termo repetido várias
vezes pelo próprio Nerison para acusar os militares que teriam recuado da
proposta de golpe contra a democracia.
Perguntar não ofende
Projetos antes considerados “engana-trouxa”
agora serão prioritários?
Só para lembrar
Muita
discussão sobre o projeto da escala 6x1 dos trabalhadores.Entretanto, é bom
lembrar que o funcionário mais bem pago de qualquerempresa é o governo. Afinal,
o pagamento é baseado na receita e não nolucro. Aí está a maior das
dificuldades, a altíssima carga tributária, e não o trabalhador e seus
direitos.
Para refletir
“A arte não é um espelho para refletir o mundo, mas um martelo para forjá-lo”.
Vladimir
Maiakóvski