Publicado em 28/09/2023 às 15:33

Depoimento da Marjorie

Merece reflexão o depoimento abaixo, remetido pela amiga Marjorie Bier Krinski Corrêa:

Há 5 anos fui diagnosticada com uma má formação congênita no coração e, dada a urgência do caso, foi necessário fazer repouso absoluto e aguardar a cirurgia agendada para exatos 30 dias após o diagnóstico. Foi um período bastante difícil pois, além da descoberta que talvez meu coração não aguentasse tanto tempo, ainda enfrentava a dor da lenta despedida da minha avó, aquela mulher pequena e cheia de amor que me criou. Em torno de dez dias antes da cirurgia, recebi recado de uma amiga de Porto Alegre, enviada por uma médium da casa espírita que frequenta na capital, orientando para que serenasse o espírito e confiasse, pois Dr. Bezerra de Menezes havia feito contato informando que já havia um grupo designado para me acompanhar e que tudo correria bem. Desse dia até a internação hospitalar, houve um fluxo de energia e amor intensos na minha casa. Meu esposo Leandro recebia passes todas as noites, chegando, por vezes, a sentir queimar mãos, cabeça, até aquietar a mente. Tive noites de sono profundo, pouquíssimas dores e paz, muita paz. Um dia antes da internação, meu cardiologista, Dr. Márcio Siqueira, permitiu que me despedisse da minha avó e, mesmo sabendo que aquele seria o último encontro nesse plano, recebi todo amparo espiritual para seguir. No dia 27 de agosto de 2018, em Ijuí, fui levada ao centro cirúrgico do HCI. Médicos, enfermeiros, auxiliares, todos faziam silêncio e, quando o anestesista disse “vamos lá?”, a última coisa que recordo é de alguém me dizer: estamos aqui. Minha avó desencarnou no dia seguinte, enquanto eu estava inconsciente na UTI. Médicos e familiares se uniram para que eu não descobrisse, pois o impacto seria muito grande naquele momento. Mesmo assim, três dias depois eu descobri através das mídias sociais e minha única opção foi ser forte. Durante esses cinco anos, enfrentei a dor profunda do coração: a física e a da saudade, mas nunca estive sozinha. Em consulta recente com o cardiologista, após refeitos os exames, a grande surpresa: ninguém sabe explicar o que houve comigo, com o meu coração. Não tenho sequelas, não tenho sintomas, não tenho cicatrizes internas. Meu coração parece intocado e eu sou grata porque sei exatamente como isso aconteceu.”





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