A Ponte Internacional Porto Xavier-San Javier segue
recebendo as atenções das lideranças regionais. Uma obra que contou com avanços
nas tratativas nos últimos tempos, mas que ainda está travada e precisa de
ações concretas para avançar de vez.
É bom lembrar, que o contrato que precisou ser rompido foi
assinando entre o primeiro e o segundo turno das eleições presidenciais de
2022. Contrato assinado com uma empresa que enfrentava processo de falência na
Justiça e que assumiu uma obra com pelo menos R$ 50 milhões abaixo do mínimo
estabelecido por concorrentes. Por esta razão, as tentativas de licitação não
tiveram concorrentes. Estava muito claro que iria resultar no problema que
resultou.
Agora, o Dnit anuncia que o edital da obra será publicado no
dia 30 deste mês. Espera-se que desta vez seja colocado um valor que atenda o
mercado, que apareçam concorrentes e que o primeiro passo firme em direção a
obra seja dado de forma concreta. O que, evidentemente, não ocorreu em 2022.
Caso Kiss: decisão correta do STF
O caso da Boate Kiss jamais terá um capítulo final. A dor dos familiares das 242 vítimas fatais e as lembranças amargas dos mais de 600 sequelados jamais será extinta. Contudo, a decisão do ministro Dias Toffoli, do STF, é um alívio.
Ao validar o resultado do júri de dezembro de 2021 e ordenar
a imediata prisão dos condenados, Toffoli atende o que era mais do que
esperado. As cicatrizes da tragédia seguem doendo, porém, depois de mais de 11
anos não ter ninguém cumprindo pena era um verdadeiro escárnio com a sociedade
gaúcha. Some-se a isso o fato de que mais gente deveria estar no banco dos réus
foi liberada por razões muito controversas.
O que se espera agora é que nenhuma nova “brecha” legal seja
utilizada para que os réus sejam novamente soltos enquanto aguardam pela
análise de recursos incompreensíveis para a maioria dos gaúchos, que solidários
com os envolvidos, espera apenas justiça. E é inacreditável que depois de
tantos anos ainda se espere pelo que deveria ter sido resolvido de forma muito
rápida diante do episódio tão lamentável.
Desvio do debate
A jornalista Dora Kramer fez uma avaliação interessante em
sua coluna no site UOL. Segundo ela, “para o eleitor municipal vale mais a
zeladoria das cidades que a guerra ideológica”.
E é isso mesmo. A polarização, que alguns insistem em forçar
não deve estar nessa disputa. É um erro tratar como uma guerra de ideologia a
eleição que é para discutir as questões locais.
Forçar esse tipo de discussão, na maioria das vezes de forma
rasa, sem nenhum embasamento lógico, é coisa de quem quer desviar a atenção e
evitar o debate franco em torno de ideias práticas e factíveis para os
municípios.
Diretas
Publicar e compartilhar notícias falsas, infundadas, ataques
pessoais, promover injúria, calúnia, difamação, deturpando a realidade,
tramando e ameaçando instituições e a própria democracia não é e nunca pode ser
considerado liberdade de expressão. E quem dispõe espaço para que tudo isso
ocorra, também deve ser responsabilidade. É simples.
Se um órgão convencional de imprensa ferir a legislação,
terá que responder na forma da lei. Então, as chamadas redes sociais também
deve estar afeitas à lei. Não pode fornecer espaço para que crimes sejam
cometidos e fique por isso mesmo. Qualquer criança entra numa rede social, cria
perfil, bastando mentir a idade.
E vamos lembrar que nessas redes são vendidas notas falsas,
abortivos e até drogas, como já foram muitas vezes divulgados em ações da
segurança pública.
As atenções com os jogos olímpicos não são refletidas nas
paralimpíadas. E o Brasil é uma potência paraolímpica. Nossos atletas
conquistam medalhas em grande número. O espaço de divulgação é muito reduzido.
Merecia uma valorização maior, para que as pessoas possam conhecer, entender e
reverenciar a superação.
PERGUNTAR NÃO OFENDE
Raul Seixas já cantava que preferia ser uma metamorfose
ambulante do que ter uma velha opinião formada. Porém, tem gente aí que a
“metamorfose” só ocorreu com o início da campanha. Dá para acreditar?
SÓ PARA LEMBRAR
Enquanto alguns insistem em desconsiderar o horário
eleitoral gratuito no rádio, creio que é interessante para conhecer mais
daqueles que se dispõem a administrar o município. Conhecer e analisar as
propostas e avaliar a trajetória dos candidatos para saber se terão condições
de cumprir com aquilo que estão anunciando é fundamental para decidir o voto.
PARA REFLETIR
“O que faz andar o barco não é a vela enfunada, mas
o vento que não se vê...”