No final da década de 1940, a
humanidade recém começava a descobrir os efeitos das bombas atômicas e dos
genocídios que colocavam em dúvida a própria racionalidade humana.
Naquela época, apesar das
instabilidades políticas e incertezas do pós-guerra, o mundo iniciava fervoroso
debate sobre a dignidade da pessoa humana. Afirmavam que os Estados deveriam
existir para que cada ser humano fosse valorizado em sua plenitude.
O discurso de compreensão da singularidade
de cada pessoa espalhou-se no curso da história, e a vida em sociedade
precisava ser marcada pelo respeito às diferenças raciais, religiosas e de gênero.
É nesse período que surge na
região missioneira a Rádio Santo Ângelo (1947). Sob o frescor dos ventos democráticos
e solidários, as ondas da emissora repercutem o missioneiro para além fronteira
e as notícias de além-mar até as Missões.
Não há dúvida de que o pioneirismo
do rádio local significou desenvolvimento socioeconômico e integração nos primórdios
da urbanização brasileira. Em tempos de difícil imaginação para as gerações do
Séc. XXI, o rádio desempenhava – como até hoje – relevante função social nos
mais distantes rincões.
Depois, o Jornal das Missões,
estampando em letras tipográficas a informação para o povo missioneiro. Com a
marca da responsabilidade, a construção e distribuição da notícia por intermédio
do JM consolida-se em Santo Ângelo.
A história da imprensa
missioneira, que já adentrou no derradeiro quarto de século, em 2024, ganha
novos matizes. O Grupo Missões de Comunicação, em tons de modernidade, ratifica
o compromisso social há tempos assumido em nossa região.
A remodelada sede da rádio
Santo Ângelo, sem esquecer o alicerce do passado, mas olhando para o futuro, expressa
carinho e fé nos homens e mulheres que habitam o sagrado barro vermelho.
Estrada longa aos veículos de
comunicação que formam o Grupo Missões de Comunicação, que as notícias, como nos
cantos de Cenair Maicá, ecoem cada vez mais forte pelo Rio Grande do Sul, promovendo,
diga-se, cidadania.