A alteração promovida pela
direção do agora Hospital Regional das Missões (HRM) no Banco de Sangue segue
provocando dúvidas e discussões. O assunto voltou à tona na Câmara de
Vereadores na sessão de segunda-feira (18).
Foi aprovado por unanimidade requerimento
de autoria da vereadora Jaqueline Possebom e subscrito por Maurício Loureiro
(foto) solicitando informações da direção do hospital sobre a mudança, com
objetivo de esclarecer a comunidade.
Os vereadores apresentam dúvidas sobre como foi realizada a reclassificação do Banco de Sangue para a Agência Transfusional, sendo vinculado ao Hemocentro regional e o que isso provocou para as coletas, testes e preparos das doações. Também querem saber se ocorreram mudanças na estrutura da equipe do setor. Porém, nesse ponto, me parece que isso está bem claro, principalmente, porque em uma nota publicada na época da mudança, a direção do HRM justificou a medida do ponto de vista da economia.
Alteração do nome também é questionada
Outro questionamento apresentado pelos vereadores diz respeito à troca de nome da instituição, que deixou de ser Hospital Santo Ângelo passando para Hospital Regional das Missões.
É feita indagação se houve troca de razão social e, em caso positivo, como foi realizada a votação para alteração e como ficam os repasses do município e das emendas parlamentares.
Por fim, os vereadores querem saber quantos deputados destinaram emendas parlamentares ao hospital no ano de 2023 e quais serviços não estão mais sendo oferecidos pelo Hospital Regional das Missões.
Nenhum questionamento que interfira na atuação da casa de saúde. Todos temas que podem e devem ser tratados com absoluta transparência e, por essa razão, creio que as respostas serão dadas com brevidade.
Extinção de serviços
Outro assunto que está sempre em pauta na Câmara Municipal é a extinção de serviços especializados. Os atendimentos agora precisam ser feitos em cidades como São Borja ou Santa Rosa.
Um prejuízo para a comunidade, sem dúvida. Entretanto, é preciso tratar as coisas com clareza, principalmente quem tem cargo eletivo. Os serviços são contratados pelo Estado ou Ministério da Saúde junto ao hospital. Caso esse não renove o credenciamento, abrindo mão do serviço, esse passa a ser realizado em outra instituição que se habilite. É assim que funciona.
Sendo assim, indicar diretamente responsabilidade da Secretaria Municipal ou Coordenadoria Regional é um erro, por puro desconhecimento ou simples maldade.
Em evento realizado no Salão
Metálico do Clube Gaúcho, lideranças políticas de Santo Ângelo tiveram um
encontro casual.
A festa comemorava o 28º
aniversário do Briefing Social do jornalista Amauri Lírio. Em meio à noite
festiva, quem comemorava aniversário era o ex-prefeito e ex-deputado Valdir
Andres. Dentre os inúmeros cumprimentos, chamou a atenção quando Andres recebeu
em sua mesa para as felicitações, o chefe de Polícia do Estado, delegado
Fernando Sodré, o prefeito Jacques Barbosa e o deputado estadual Eduardo
Loureiro.
Além dos parabéns e amenidades,
pela essência dos participantes, a conversa envolveu política. O que,
exatamente, não se sabe. Porém, a animação era nítida.
Volta e meia o assunto é retomado
e são muitas dúvidas em relação à reforma promovida no Estádio Municipal Carlos
Wilson Schroeder, ocorrida em 2016. Na oportunidade, o investimento anunciado
foi superior a R$ 1 milhão.
O anunciado dava conta de reforma
completa do campo, com nova drenagem incluída. Porém, depois disso, o campo
ficou muito tempo sem ser utilizado pelas precárias condições, especialmente em
dias de chuva. E, pelo que sei, até hoje a condição é complicada.
Na sessão da última segunda-feira
da Câmara Municipal, o vereador Dionísio Faganello (foto), que presidiu uma CPI
aberta no Legislativo para apurar os fatos, comunicou que recebeu informações
dando conta que as denúncias foram arquivadas no Ministério Público Federal
(MPF). Porém, isso ocorreu porque segue em andamento inquérito aberto pela
Polícia Federal. Ou seja, a investigação segue.
O
triste rescaldo da reforma previdenciária
A Folha de S. Paulo publicou
uma matéria que mostra a piada que foi a tal reforma da Previdência, que não
corrigiu distorções e só prejudicou os trabalhadores.
A reportagem mostra que nós
pagamos R$ 9,6 mil por mês para bancar um militar aposentado. Ou seja, a
principal razão do tão falado déficit da Previdência está nas aposentadorias
militares e essas nada sofreram de cortes.
Seguem distorções como o “adicional
de compensação”, que varia entre 5% e 32% e contemplou militares da ativa. Por
coisas assim, o déficit nos estados é ainda maior do que na União.
O talentoso amigo Waldemar
Menchik Junior (foto acima) é o presidente do 14º Canto Missioneiro da Música
Nativa. Mesmo com um prazo bem curto, ele aceitou o desafio e, tenho certeza,
realizará um grande trabalho. Terá a seu lado José Dirceu Dutra, outro
conhecedor da área.
O 14º Canto Missioneiro e
13º Canto Piá serão promovidos num modelo diferente neste ano, já que as
mudanças promovidas na distribuição de recursos da Lei de Incentivo à Cultura
deixaram muitos projetos importantes do Estado sem repasses. Não é
exclusividade do Canto, a Feira do Livro de Porto Alegre também foi atingida e
a Expointer ficou sem seus shows pelo mesmo motivo.
Mesmo com essas
dificuldades, o prefeito Jacques Barbosa entendeu que não deveria interromper a
sequência de edições do festival, orientou o secretário Nader Awad, que
encontrou a parceria com o produtor Fábio de Oliveira (foto abaixo), pessoa do
meio artístico, com uma rede enorme de contatos, visto sua atuação no programa
De Campo e Alma, da Band-RS. Fábio já foi presidente de uma edição do Canto,
fez shows e competiu no festival, ou seja, tem o domínio do que vai fazer.
As inscrições estão abertas
até o dia 26 deste mês, pelo e-mail cantomissioneiro@gmail.com.
Por tudo isso, dá para ter
otimismo que teremos mais um grande festival nos dias 12,13 e 14 de outubro no
CTG 20 de Setembro, ou no Centro Histórico, se o clima permitir.
PERGUNTAR NÃO OFENDE
Quem de fato está ajudando e quem está apenas
tentando se aproveitar da tragédia do Vale do Taquari?
O discurso pregando união, defendendo a presença de
todos em torno de um objetivo maior, de um projeto de bem comum, é muito
bonito. Mas fica por aí. Isso porque, quem faz uso desse discurso, em geral, quer
consenso em torno do seu próprio nome. Se outro nome for apontado, provoca o
racha na hora, sem pestanejar.
PARA REFLETIR
“Lágrimas não são
argumentos”.
Machado de Assis